Nos últimos tempos temos sido confrontados com situações algo bizarras em termos de relações internacionais.
Por um lado continuamos a manifestar a nossa fé na Democracia enquanto forma mais justa para a governação dos povos, por outro assistimos a repetidas manifestações de algum cinismo por parte dos que nos governam democraticamente.
Desta vez nem precisamos de saír do nosso jardinzinho à beira-mar plantado que é este imenso Portugal. José Sócrates descobriu uma súbita admiração por Muamar Kadafi, um dos ditadores há mais tempo no activo. A razão será o estabelecimento de acordos comerciais, em particular no campo energético tendo o gás natural líbio como condimento afrodisíaco. Ainda não há muito tempo Kadafi era considerado um pária internacional, acusado de fomentar o terrorismo e não respeitar nada que se pareça com direitos humanos lá na terra dele.
Basta uma pesquisa rápida no Google para depararmos com uma preenchida agenda de contactos internacionais deste ditador com ar de zombie, que parece estar sempre para lá de Marraquexe, como costuma dizer-se (e está, de facto).
Foi também notícia a forma como Sócrates lambeu as botas a José Eduardo dos Santos, o presidente angolano. Eduardo dos Santos é outro que tal, um cleptocrata encartado, rico como Cresus e figura nada recomendável se tivermos em conta o tal ideal democrático. Claro que os recursos naturais angolanos e os negócios nem sempre muito bem explicados que se desenvolvem entre Portugal e Angola podem servir de pretexto para explicar tanta macieza no trato entre os estadistas em questão.
And so on, a lista é infindável e não emporcalha apenas José Sócrates mas a esmagadora maioria dos líderes dos "grandes" países europeus e da maior parte das democracias por esse mundo fora.
Em suma, a democracia e os direitos humanos são a letra da canção mas a música varia muito conforme o tempo e o local do espectáculo. Afinal de contas a economia mundial não se compadece com os direitos das minorias e muito menos com o direito à vida de quem cai em desgraça na terra dos poderosos.
Podemos concluir que a Democracia é uma questão económica. Desgraçadamente.
17 comentários:
são os nossos grandes amiguinhos.
Amigos,amigos, negócios à parte.
That Petrol Emotion - banda já extinta???, pergunto eu.
Chamavam-se "That Patrol Emotion" e não petrol. Sim, já desapareceram.
Do "pitroil" à "patrol" vai uma diferençazita... mas é assim, os do "pitroil" são amigos dos gajos que supostamnete fazem a "patrol" da Democracia. Um miminho.
Bem visto. Palminhas.
Ah, Roserouge, já reparei que estás a iniciar um blogue. Aguardemos...
Ai, já fui apanhada. Foi sem querer. Um dia, ao entrar no 100cabeças através do expresso, fui barrada e armada em teimosa, fui clicando e olha saiu aquilo. Agora não sei sair dali nem continuar, sou uma saloia...
...mudam-se as vontades.
[no limite, em algumas questões, a democracia é apenas uma narrativa, uma ficção]
(vou só ali ao quintal escavar mais um bocado... pode ser q encontre petróleo)
abraço
Caro Silvares ...Eduardo do Varal de Id�ias me deixou um coment�rio no texto do Topolino que republiquei no blog noV�t�..que vc gostaria de ver a imagem do carrinho da minha inf�ncia...bom l� est�..pois outros tamb�m me pediram...
Gostei demais do teu espa�o ..voltarei.
Um Abra�o
Vi
"PITROLI"...sem querer, fugiu-me a "boca" para a verdade.
RUI: Os manfios andam a patrulhar o pitroleo, e muito bem, até de mais.
Roserouge: É pena...Gostava do som desta banda.
Sempre com muita EMOÇÃO!!!!
roserouge: a Banda que refiro existiu mesmo, os "That Petrol Emotion", acabaram em 1994.
(Vai à Wikipédia).
Os outros "That Patrol..." tb existiram e pelo que referes tb já acabaram.
Bye,bye...e saudinha!!!
jo-zéi: tens toda a razão, sorry, chamavam-se mesmo That Petrol Emotion. Agora há uns chamados Snow Patrol, esses não conheço. So long!
Rose e Jo: tudo está bem quando acaba bem, graças ao Santo Google, neste caso.
:-)
Rise, não tenhas medo do Bloguer que não morde e é bem fácil de utilizar. Experimenta.
Intruso, encontraste alguma coisa?
Ví, já lhe fiz uma visitinha e parece-me que fiz alguma confusão com a questão do Jorge Pinheiro, não percebi bem. Obrigado pela atenção relativamente ao Topolino.
:-)
ao ABSINTO os artistas Parisienses no séc passado chamavam-lhe "a fada verde mortífera".
PERIGO!!!
Portanto não é para brincadeiras.
Nunca provei tal coisa...mas aquilo é marado, provoca alucinações, num determinado estado da intoxicação.
CHIÇAAA!!!
Fernando Pessoa bebia shots de absinto puro no Martinho da Arcada. Por isso é que ele depois escrevia aquelas coisas, tipo "primeiro estranha-se, depois entranha-se..." whatever that means. De qualquer maneira e por provocar alucinações e tal é que foi proibido, pelo menos em estado puro. Mas o tal bar que falei servia uns bem bons com sumo de limão ou laranja e que aquilo dava pedra, lá isso dava...ai, não...
ROSE: Força no BLOG. CORAGEM!!!
Enviar um comentário