É disto que eu gosto. A surpresa total, o impacto inesperado de uma bofetada com luva branquinha de cetim, mais carícia que agressão. O filme revelou-se excelente a todos os níveis.
Seja o argumento, a realização, a montagem ou o som, seja o que for é bom. A interpretação da personagem principal pela actriz Belén Rueda é o toque de classe final para um filme quase perfeito com Geraldine Chaplin a entrar em cena de mansinho e de costas, qual Nosferatu "murnauiano".
Entre o filme de terror e o drama familiar, a narrativa cresce e revolta-se contra si própria, dá cambalhotas e descansa em planos silenciosos interrompidos com súbito estrondo de fazer o espectador saltar na cadeira. Literalmente. Enfim, como de costume não sou eu que me vou alongar na descrição do enredo, não saber nada sobre o que se vai passar é um condimento importantíssimo para se poder desfrutar em pleno deste filme com um final cor-de-rosa sangue.
Absolutamente a não perder!
Na noite de 9 do corrente assisti a este Stabat Mater e, caramba, que espectáculo! Maria João Luís rebenta com as costuras da representação teatral num monólogo perfeito com o dedinho maroto de Jorge Silva Melo na encenação. O espectáculo, integrado no 25º Festival de Teatro de Almada, teve lugar no São Luís, em Lisboa. Um espaço agradável, uma representação de outro planeta e uma ovação estrondosa a fechar uma noite de teatro memorável.
Caramba!!! Tanta qualidade em tão pouco tempo ainda acaba a provocar-me alguma overdose de prazer inteligente (!? que raio quer isto dizer!?) mas se tiver que ser, seja! Overdoses assim não devem fazer grande mal à barriga.
4 comentários:
Caramba...
Este post deixou-me ainda mais ansiosa para ver "O Orfanato"... Comentei ainda ontem que acabei de buscá-lo na locadora! Assistirei esta noite!
Tenho exposto no meu blog outros, inclusive "O Labirinto do Fauno"... Se não me engano dos mesmos produtores!
Volto para comentar!
Bom Dia!
Francine, O (excelente) Labirinto do Fauno foi realizado por Benicio del Toro que, julgo eu, produz este Orfanato. Volte sempre.
Caramba... Assisti!
O Melhor de todos os tempos, intrigante, tenso, inteligente, sensível, belo e surpreendente... Ficaria aqui qualificando " O Orfanato" por dias...
Simplesmente incrível, adorei!
Completamente de acordo, Rui. Estou a precisar urgentemente de uma overdose dessas ;-)
Beijinhos
Cristina Loureiro dos Santos
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