Anda toda a gente meio embevecida com o candidato à presidência dos EUA. Melhor dizendo, na Velha Europa Obama venceria as eleições com uma margem assustadora, ao bom estilo de eleições no Quirguizistão ou no Partido Socialista Português, sem dar a mínima hipótese ao Senador McCain. De tal modo Obama é querido por estas bandas que já se perspectiva uma nova era de relações entre a União Europeia e os Estados Unidos da América com o homem na Casa Branca. Como diz o povo, estamos (estão) "a contar com o ovo no cú da galinha".
As notícias mostram que o velho McCain tem vindo a reduzir gradualmente a distância que o separa nas sondagens do seu adversário. Já se fala numa situação de empate técnico, tão próximos se encontram nos estudos de intenção de voto. Neste caso importa lembrar a forma como Bush ganhou a primeira eleição frente a Gore com a recontagem dos votos da Florida, numa exibição de democraticidade ao nível do Zimbawue de Mugabe.
Temos de pensar que quem tem direito a voto nestas eleições é o mesmo povo que elegeu duas vezes seguidas o presidente Bush como líder. Isso não abona rigorosamente nada em favor do americanos que, com a tal galinha, têm em comum o Q.I. médio e não o ovo no cú.
Na Velha Europa, que Bush diabolizou por não arrebanhar no apoio à aventura texana da invasão do Iraque, estamos tão entusiasmados com a possibilidade de ver um presidente americano jovem e negro que nos esquecemos de que ele é americano. Tal como Bush e McCain mas também como Clinton e Monica Lewinsky ou o Incrível Hulk e, até, o Joker, para dar vários exemplos disparatados .
Ainda teremos de pensar que ser presidente dos EUA é representar interesses inconfessáveis, é ter na sombra conselheiros que fazem de Darth Vader um menino de coro, em suma, ser presidente dos EUA é ser uma espécie de Pinóquio, o menino de madeira que sonhava ser um menino de verdade.
Portanto, e para resumir, nem Obama foi eleito (e poderá não chegar tão longe) nem nada nos garante que sendo o próximo presidente dos EUA venha a cumprir as expectativas que a Velha Europa mostrou ter na sua pessoa ao encher as avenidas do Tiergarten de Berlim com 200 mil alminhas que foram ouvir a palavra de Obama. Ou seja, mesmo que a galinha tenha ovo no cú é conveniente testar primeiro a sua qualidade. Pode vir já estragado.
8 comentários:
Maravilha de texto. Vai já para o DUAS PALAVRAS...com sua permissão!
Eduardo, já sabe que pode dispor À sua vontade.
Olá!!!
Quanta coisa legal eu ainda nao tinha visto!!! Adorei passar por aqui! Sabe que sempre vou voltar, ne??!!
Espero que sua semana seja mais que maravilhosa!
Abraços apertados,
FRAN
"May The Force be with you"
Homem S U P E R R R R !!!!
Ovos podres...um cheirete!!!
Amigas e amigos meus, um presidente dos EUA dificilmente poderá ser um homem livre e, como tal, desejar que os outros o sejam também...
Ótimo texto !
Fico surpreso com essa euforia toda.
200.000 pessoas em Berlin para ouvi-lo, será que acham que surgiu um novo messias contracultural ? Democratas ou republicanos, brancos ou negros, católicos ou protestantes, esses senhores não passam de farinha de um mesmo e histórico saco.
Temo que seja isso mesmo.
Enviar um comentário