O Acordo Ortográfico foi finalmente promulgado pelo Presidente da República Portuguesa (lembram-se dele? Do Acordo, não do Presidente... ou vice-versa, para o caso tanto faz). Foi um parto mais difícil que o de um bezerro com 5 patas e cabeça de elefante. Após tanta dor e sofrimento não há notícia do estado em que terá ficado a progenitura do dito cujo Acordo.
Da parte que me toca e na minha qualidade de falante da coisa (a tal Língua Portuguesa) não estou muito entusiasmado com a promulgação nem preocupado com o que o futuro nos irá trazer em termos de escrita e etc. e tal.
Dizia Pessoa (ah, o Fernandocas, esse mostrengo da cultura lusófona!) que "A minha pátria é a língua portuguesa." Subscrevo e promulgo. E, sendo a minha pátria, mais declaro independência e liberdade absoluta. Ou seja, a partir de hoje considero-me um proscrito linguístico, um terrorista da escrita.
Se me apetecer escrever sem consoantes mudas, escrevo. Mas se me apetecer o contrário, o contrário farei. A partir desta data mando abolir o erro ortográfico e, sendo eu totalmente livre de escrever como me der na real gana, assim seja para todos os que comigo trocarem mensagens e textos e o que quer que seja.
Faz de conta que estou a gritar nas margens do Ipiranga, que estou ipirangueando.
Viva o Português livre e sem acordos nem o raio que os parta!
6 comentários:
Ganda pinta!
Também ipirangueias?
:-)
Vivaaaaaaaaaaa!
Ipirangueemos com convição! Ou convicção. Ipiranguear é preciso.
:-)
Eu ipirangueio
tu ipirangueias
ele/ela ipirangueia...
:D
Nós ipagueiramos (que o verbo é irregilar...)
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