Do Dicionário:
Movimento - Estado de um corpo cuja posição em relação a um ponto fixo muda continuamente.
Coisa - Aquilo que existe ou pode existir. Realidade, facto.
O movimento, entendido como fenómeno físico, está relacionado com a deslocação de coisas no espaço. Quando qualquer coisa executa o mínimo movimento despoleta os mecanismos do tempo. Se todas as coisas do Cosmos estivessem paradas não existiria tempo, apenas a sua ausência. Mas a ausência de tempo é inimaginável para um ser vivo que habite a nossa dimensão, portanto não sei do que estou a falar. Tudo o que me rodeia parece resultar do movimento e é passível de ser medido em unidades de tempo. Conseguimos compartimentá-lo em milénios, séculos, décadas e por aí abaixo, até chegarmos ao tempo circular marcado pelos movimentos hipnóticos dos ponteiros do relógio.
Esse movimento reduz à sua imagem e semelhança os movimentos de todas as coisas ao imitar os movimentos de rotação e translacção do planeta. A forma como este voltear infinito leva e traz consigo o dia e a noite acaba por transformar a existência das coisas em tempos particulares. O tempo da vida de um animal, da existência de uma rocha ou mesmo o tempo de deslocação entre dois pontos.
A recente substituição deste tempo circular pelo tempo rectilíneo dos mostradores digitais, onde os números se sucedem vertiginosamente num ciclo de repetição infinita e alucinada, altera a nossa percepção do mundo que nos rodeia. O tempo já não é a repetição incessante de um movimento circular que regressa sempre ao ponto de partida, como se o mundo fosse uma roda de feira gigantesca. O tempo transformou-se numa linha recta a fugir sempre para a frente. É um tempo sem sombra, que persegue a luz, o caminho mais curto entre dois pontos, velocidade pura, desejo e consumo imediato. Este é o nosso Tempo.
Movimento - Estado de um corpo cuja posição em relação a um ponto fixo muda continuamente.
Coisa - Aquilo que existe ou pode existir. Realidade, facto.
O movimento, entendido como fenómeno físico, está relacionado com a deslocação de coisas no espaço. Quando qualquer coisa executa o mínimo movimento despoleta os mecanismos do tempo. Se todas as coisas do Cosmos estivessem paradas não existiria tempo, apenas a sua ausência. Mas a ausência de tempo é inimaginável para um ser vivo que habite a nossa dimensão, portanto não sei do que estou a falar. Tudo o que me rodeia parece resultar do movimento e é passível de ser medido em unidades de tempo. Conseguimos compartimentá-lo em milénios, séculos, décadas e por aí abaixo, até chegarmos ao tempo circular marcado pelos movimentos hipnóticos dos ponteiros do relógio.
Esse movimento reduz à sua imagem e semelhança os movimentos de todas as coisas ao imitar os movimentos de rotação e translacção do planeta. A forma como este voltear infinito leva e traz consigo o dia e a noite acaba por transformar a existência das coisas em tempos particulares. O tempo da vida de um animal, da existência de uma rocha ou mesmo o tempo de deslocação entre dois pontos.
A recente substituição deste tempo circular pelo tempo rectilíneo dos mostradores digitais, onde os números se sucedem vertiginosamente num ciclo de repetição infinita e alucinada, altera a nossa percepção do mundo que nos rodeia. O tempo já não é a repetição incessante de um movimento circular que regressa sempre ao ponto de partida, como se o mundo fosse uma roda de feira gigantesca. O tempo transformou-se numa linha recta a fugir sempre para a frente. É um tempo sem sombra, que persegue a luz, o caminho mais curto entre dois pontos, velocidade pura, desejo e consumo imediato. Este é o nosso Tempo.
2 comentários:
Gostei de saber do tempo linear! Tempo digital. E no post logo abaixo, que vou provar das águas do meu mar! Tenho-as em abundância aqui. Vai que servem!
As coisas que nos vendem nos tempos que correm!
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