sexta-feira, abril 27, 2007

Os porcos triunfam (por agora)

Será mesmo verdade? A nossa democracia é realmente aquilo que parece?
O ministério da educação recusou licenças aos professores eleitos como delegados ao congresso da FENPROF alegando que essa situação ia de encontro à lei. No entanto, na véspera das celebrações da Páscoa, o Parlamento alterou as votações agendadas uma vez que, no ano passado, os deputados tinham ido de férias mais cedo e o país inteiro assistiu envergonhado à falta de quorum no hemiciclo de S. Bento. As regras são iguais para todos?
Os funcionários públicos têm as carreiras congeladas vai para... quanto tempo? Há quanto tempo nenhum deles sobe de escalão? Para moralizar a coisa e voltar a pôr o sistema em andamento, o Governo (porque estou a escrever esta palavra com maiúscula?) decidiu que é necessário impor quotas nos diversos escalões. Agora vem dizer que, nos cargos de chefia, essas quotas e o congelamento de ordenados não são assim tão rígidos. Mas porquê?
Quer-me parecer que a nossa democracia se parece mais, a cada dia que passa, com um monte de merda. Há sinais de degradação evidentes e as chefias perderam definitivamente a pouca vergonha que ainda tinham.
Como na fábula de Orwell, também em Portugal "os animais são todos iguais, só que uns são mais iguais que os outros." Vivemos o tempo em que os porcos triunfam. Mas não hé triunfos absolutos nem porcos que deixem de o ser só porque caminham equilibrados nas patas traseiras. Apesar das suas habilidades extraordinárias e do esforço que fazem por parecer outra coisa, mesmo quando se olham no espelho, os porcos são porcos mesmo, não poderão nunca ser coisa diversa. Havemos de acabar a comê-los numa boa sandes de presunto. Até lá temos de os aturar. Mas isto não será eternamente uma pocilga .

1 comentário:

Anónimo disse...

Silvares, tenho uma boa foto para te mandar , a respeito desta sua postagem. Se quiseres me de seu e-mail.O meu é cimitan@terra.com.br

Abraços, e até quando? São todos iguais!No mundo todo!