Dois exemplos recentes: o concurso de professores e o processo de atribuição de subsídios para produções pontuais nos campos de várias formas de expressão artística (Teatro, Dança, Design, etc.) promovido pelo Instituto das Artes.
No primeiro caso temos o Ministério da Educação como responsável pelo processo. Não sei ao certo em que pararam as modas, sei, apenas, que, nos últimos dias de aulas do 2º período havia muita gente que não era capaz sequer de perceber o que se estava a passar. Professores a quem era impedido o acesso ao site do concurso, outros que reclamavam de irregularidades e desapareciam na virtualidade do espaço informático, enfim, uma montanha de problemas. Mais uma vez. Mas porque acontece isto? Não bastaram as péssimas experiências anteriormente acumuladas em processos similares? Os serviços do Ministério da Educação não aprendem nada com os próprios erros? Pelos vistos aprendem pouco (estou a ser benevolente na minha apreciação) uma vez que não são capazes de fazer o seu serviço sem desarranjarem os nervos dos concursantes por uma vez que seja!
No caso do Instituto das Artes (IA) aconteceu algo do género. O prazo da entrega das candidaturas já foi duas vezes adiado devido aos trambolhões dados pelo sistema informático que entupiu de forma ridícula, provocando o caos, como de costume.
Consultando o site do IA podemos agora ler:
PROGRAMA DE APOIO A PROJECTOS PONTUAIS 2007
GESTÃO ELECTRÓNICA DE APOIOS
AVISO
No âmbito do Programa de Apoio acima identificado, comunica-se a todos os interessados o termo dos prazos de apresentação das propostas, por área artística:
- Música e Artes Plásticas incluindo Fotografia: dia 11 de Abril;
- Arquitectura, Dança e Teatro: dia 12 de Abril;
- Transdisciplinaridade e Design: dia 13 de Abril.
Pois, estes prazos serão para entrega de projectos. Faltará depois apreciá-los, avaliá-los e atribuir as verbas devidas. Os problemas continuarão por aí adiante, uma vez que 2007 já vai quase a meio e ainda andamos nisto. Não deveria o prazo deste conscurso ter expirado para aí em Novembro de 2006, para que em Janeiro os candidatos pudessem ter a possibilidade de organizarem o seu trabalho com um mínimo de segurança?
Tudo isto se passa num clima de total impunidade e sem que se conheça qualquer responsável pelos sucessivos descalabros dos serviços. É fado.
Enfim, a informática continua a ser uma espécie de magia branca, umas vezes e outras vezes negra (muito negra mesmo) mostrando como as instituições públicas do nosso país estão longe de se darem bem com a contemporaneidade. Melhor dizendo, não se dão bem com coisa nenhuma, muito menos consigo próprias!
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