Já para não falar naquele gajo que foi professor de José Sócrates na Universidade Internacional, um tal de António Morais. Alguém sabe quem ele é? A opinião pública começa agora a ver-lhe melhor o perfil. José António Cerejo traça-lhe um retrato nas páginas do Público de hoje.
É impressionante a sucessão de incoerências em que se vê envolvido este engenheiro (para ter sido director do curso de Engenharia da Universidade Independente presumo que seja engenheiro!). Ao ler o texto de Cerejo fica a sensação que Morais dá o dito por não dito com uma facilidade desarmante e atropela as regras mais básicas com semelhante desenvoltura. Com dois processos em cima por absentismo em universidades por onde passou e uma série de acontecimentos extraordinários a dourarem-lhe o quotidiano, este senhor ainda conseguiu ser nomeado por José Sócrates presidente do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça no ano de 2005. Mas também fora director do Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações (GEPI) do Ministério da Administração Interna, etc. e tal.
Não interessa estar para aqui a desfiar as contas deste rosário, para isso temos o texto do Público, o ponto que quero evidenciar é o facto de haver para aí uma legião de mercenários que vai saltitando de empresa em empresa, ocupando lugares de gestão com sérias responsabilidades, sem aquecer o lugar. Ou porque o partido que lhe pôs o tacho debaixo dos queixos perdeu as eleições ou porque afinal não é tão honesto como tinha parecido ao Ministro no jantar do clube, corre-se com a personagem mas ela logo volta a surgir, mais lá à frente, noutro poiso bem quentinho como se nada se tivesse passado.
Mas quem são estes gajos e como conseguem eles estar sempre onde não devem mas querem estar?
No caso deste Morais a coisa pia mais fininho. Posto sob os holofotes mediáticos por via da embrulhada do diploma do primeiro ministro, António Morais mete os pés pelas mãos num número de contorcionismo que começa a ganhar um aspecto verdadeiramente patético. E é assim que somos confrontados com um homem que ou é pouco honesto ou então é muito distraído e que, apesar disso, tem um curriculum vitae recheado de cargos de responsabilidade e com resultados vulgarmente desastrosos. Como chega ele aos cadeirões? Mistério. Mistério? Talvez não. Eles são tantos que os que são honestos e trabalham bem nem parecem existir.
Dá a sensação que, uma vez metidos nos seus fatos escuros só com a cabecinha de fora, enfeitada com colarinho e gravata, qualquer um tem imagem de gestor público ou doutor da mula russa. A partir daí, é fartar vilanagem!
Nota: As personagens da foto estão ali só para ilustrar o gajo do fatinho uniforme. Não têm nada a ver com isto, são de outro campeonato.
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