terça-feira, abril 24, 2007

Memória da Revolução



Esta noite é de festa. Celebramos em Portugal o Dia da Liberdade.
Ao rever as imagens desta pequena montagem documental não consigo evitar a emoção profunda que sempre me causa a recordação do 25 de Abril. Fico com os olhos a arder de lágrimas.
Penso que aquilo que mais me emociona é a percepção da imensa esperança que reside dentro de nós, a esperança de que exista na verdade uma força sobrenatural, uma espécie de magia que emana do colectivo, capaz de trazer à superficíe dos dias aquilo que nos faz ser humanos, bons e justos, ali retratada na multidão reunida em frente ao Quartel do Carmo. Muito "portuguesmente" o povo quer assistir, satisfazer a curiosidade, nem que para isso tenha de estar pendurado numa árvore em possível linha de fogo.
Sente-se a euforia, a alegria transbordante. Poucas vezes teremos sido tão belos enquanto povo, enquanto nação, como o fomos naqueles breves dias de 1974 quando os velhos repressores salazaristas foram afastados do poder. Sem sangue.
25 de Abril sempre.

Post Scriptum - É bestial a tendência para uma certa lamechice sempre que chega este dia. Por outro lado é bom não esquecer os derrotados nesta história até porque eles andam por aí.

1 comentário:

Anónimo disse...

E VIVA o espirito de 25 de abril!