quinta-feira, setembro 11, 2008

Lá está

A inauguração do Espírito da Coisa no Contagiarte decorreu na paz do Senhor. A afluência de visitantes na primeira noite foi pouca mas muito boa.
As conversas desenrolaram-se a um nível cultural elevado e por pouco não foi descoberta a cura definitiva para os males do mundo.
Não há fotografias do acontecimento porque ninguém levou uma máquina uma vez que não fazia falta nenhuma (a foto aí em cima é da fachada do prédio onde fica a Associação Cultural) e a memória encarrega-se de preencher o aparente vazio com os retoques que só ela pode dar.
Os trabalhos vão continuar pendurados na sala até dia 27 do corrente mês.

O Contagiarte é um espaço extraordinariamente versátil, que oferece lugares agradáveis aos visitantes. A programação cultural convida à participação dos cidadãos que por ali passem e estejam dispostos a passar um bom bocado. Há bar e música e boa disposição. Enfim, posso dizer sem correr riscos que há por ali uma muito boa onda. Quem vive no Porto já sabe disso e quem não vive e faça uma visita à Invicta só tem mesmo é que ir lá ver e confirmar os elogios que aqui deixo.

22 comentários:

Jorge Pinheiro disse...

Ainda bem que correu de feição. Inaugurar é sempre um parto difícil. Recebi a mensagem dos horários. Vou ao site. Abraço.

Anónimo disse...

Silvares,

mas ninguém registrar esse evento...é sem dúvida uma falha! No futuro farão falta estes registros! Que você não tenha levado, ou levado e não usado, até entendo!

Mas fazer o que? Espero que muitas pessoas visitem no período. Expor é sempre complicado. Tenho pavor!

Anónimo disse...

Ainda bem que correu bem. Pois, não haver fotos é que está mal.

Beto Canales disse...

Até o final terá tempo para as fotos.

Novamente parabéns.

Cristina Loureiro dos Santos disse...

Rui, simplesmente adorei a primeira frase do texto. Está giríssima! Agora, que as máquinas fotográficas que não fizeram falta... Hás-de desculpar-me, mas fizeram sim! Muita falta! Eu quero muito ver fotos da exposição, claro!

Fico muito satisfeita por tudo ter corrido bem, renovo os votos de sucesso. Parabéns mais uma vez, mas estou com vontade de ver os trabalhos e não só a fachada do edifício ;)

Beijinhos :)

Cristina Loureiro dos Santos

Só- Poesias e outros itens disse...

Anotei a referência a este espaço cultural. Próxima viagem ao Porto irei visitar.

Parabéns pela participação.
Sucesso!!!


bjs.


JU Gioli

Alice Salles disse...

Concordo com o Eduardo!
Precisa registrar essas coisas!

Silvares disse...

Caríssimos, aquilo que vou afirmar a seguir poderá parecer estranho mas é o que me parece adequado à situação. As fotografias deste tipo de eventos não acrescentam nada de substancial. Não há problema nenhum se existirem, da mesma forma que, não existindo, não representam qualquer falha no andamento do nosso mundo. A efemeridade do acontecimento é um facto. O teatro, por exemplo. Quando vamos assistir à estreia de um espectáculo estamos longe de imaginar o vazio que se vai formando no estômago de uma série de pessoas que trabalharamdias e dias a fio na sua concepção. O autor do texto, o cenógrafo, o figurinista, o luminotécnico, etc. etc. etc. olham para o palco com uma nostalgia demolidora. Agora todo o seu trabalho deixa de lhes pertencer e os seus nomes são notas de rodapé. Nós, enquanto espectadores, fazemos o nosso juízo de valor ignorando todo o processo de construção do objecto. Somos meros consumidores. Como temos de ser, não há nesta constatação qualquer tipo de crítica negativa! Uma fotografia do espectáculo é fraca consolação. Falta-lhe quase tudo que o acontecimento possui em termos de intensidade, de espaço, de som, de todo o tipo de dimensões várias que só podemos usufruir estando lá. Para os que conceberam e fizeram o objecto, então, nem se fala!
Com uma exposição é algo semelhante. O que poderia acrescentar uma foto minha conversando animadamente com a minha sobrinha e a sua colega que viajaram de Aveiro para o Porto e, uma hora depois, regressaram de comboio ao local de origem? Ou como poderia explicar uma foto o meu novo amigo (penso que posso chamar-lhe assim) Cris, um produtor brasileiro que anda por estes lados e com quem mantive conversas interessantíssimas ao longo da noite? As fotos não poderiam dizer nada a não ser banalidades como sorrisos nas faces e abracinhos de ocasião. Além de que iríamos aparecer sempre de copo na mão, o que poderia induzir em erro o observador :-)
Sinceramente não vejo que falta fazem as fotos. Claro que gostaria de vos ter tido a todos naquele local, naquele dia, mas, não sendo possível, paciência.
No final o que interessa é que a exposição está lá e, segundo fui informado, no dia seguinte teve muitíssimos mais visitantes. E vai continuar a recebê-los até dia 27. Para mim é suficiente, mais do que suficiente, até! Ficarei muito satisfeito se, além de ter mais pessoas a ver a minha exposição, ela contribuir para que o Contagiarte ganhe alguns novos amigos.
Abraços a todos e muito obrigado pela confiança que depositam na eventual qualidade dos meus trabalhos. Espero que haja oportunidades para podermos encontrar-nos em situações semelhantes no futuro... dispensando fotos por estarmos face a face uns com os outros.
:-D
Beijos e abraços.

Anónimo disse...

Que modesto, o nosso Silvares. Muito bem, como o caro amigo desejar (vénia).

Silvares disse...

Achas que é modéstia? Pensei que pudessem considerar isto como vaidade.

Beto Canales disse...

hehe... eu, como fotógrafo quase amador, protesto!

Silvares disse...

Um dia destes coloco no 100 Cabeças uma foto minha com um texto elogioso por baixo, mostrando a todos como sou um gajo excepcional! Elogio de mim próprio seria um bom título.
:-)

Jorge Pinheiro disse...

Parece-me muito bem. Se não gostarmos de nós quem gostará?

Silvares disse...

Há sempre alguém que gosta... nem que seja só um bocadinho!
:-)

Jo-zéi F. disse...

Que é isto??? "Farto(a)s de
Borrego(a)s!!"
O que se pasa na cabeça desta malta???

Silvares disse...

Os putos usam a palavra "borrego" como se fosse "burro". "Não sejas borrego" é o mesmo que "Não sejas burro."
Penso que seja algo relacionado com isso.

Jo-zéi F. disse...

Coisas do PORTO, carago!!!

Silvares disse...

Acho que aqui em Almada também utilizam a expressão, carago!

Claire-Françoise Fressynet disse...

Para te deixar o beijinho que tinha em mente para a tua inauguração, e que tal ver as telas fora do ateliê?

Anónimo disse...

Hummmmmmm...
Até descobrie q isso ficava do outro lado do Atlântico, demorou...

Silvares disse...

Claire, obrigado. As telas ficam um pouco envergnhadas mas sabe muito bem.

Laura, o Atlântico talvez não seja assim tão grande!
:-)

[A] disse...

Eu atesto a boa onda do local, se bem que um dia tenha levado comigo umas personagens que se sentiram altamente incomodadas com a fauna....o mais caricato é uma delas ter um bar LGBT (confesso que não percebi o porquê da indisposição- deve ter sido alguma coisa da flora intestinal...)
enfim, uns borreg@s!

Este fim de semana, então, já tenho roteiro: primeiro Braga, ver as Alices do Intruso, depois Porto ver O Espírito da Coisa do Silvares.