A dúvida começa a roer-nos a consciência. Não passa um dia que seja sem haver quem se interrogue sobre os caminhos que vamos pisando. A democracia é isto? Constroi-se assim, desta maneira? A democracia é aquilo? Um modelo acabado com selo de garantia e prazo de validade? Há cada vez mais cidadãos a interrogarem-se sobre a forma como se vai afirmando isto a que chamamos a "construção europeia". As leis. As regras. Os ideais (ou a sua ausência). Tudo parece saído de um mau filme de ficção política. Demasiado burocrático, inacreditavelmente longínquo de nós, como se aqueles que imaginam o futuro que nos espera e as necessidades por ele impostas, vivessem noutro planeta. No planeta Estúpido, ou qualquer coisa do género.
A "construção europeia" actual parece estar a cargo de actores secudários (veja-se o Presidente da Comissão Europeia) pagos para não chatear grandemente certos poderes instituídos e meio obscuros.
Sinto-me tentado a dizer que estamos entregues aos bichos. Que estamos a ser enganados. Que somos apascentados por maus pastores, daqueles que preferem as cabras. Que somos um rebanho de ovelhas ranhosas, assim a dar para o cinzento, capaz de absorver as ovelhas negras e misturá-las nas branquinhas por forma a uniformizar tudo. Os pastores limpam-nos a ranhoca, diligentemente. Tudo fica mais limpo (não mais límpido), mais anódino e com falta de sal. Nem pensar em apimentar a coisa. Isso só pode ser crime!
2 comentários:
E ainda colocam as religiões a amainar nossas mentes, para acharmos que as desgraças são desíginios dos céus!
E ainda agradecer por elas!!
Neste caso a dúvida coloca-se por começar a parecer que a preocupação daqueles que fazem as leis se prende com aspectos pouco claros. As coisas não fazem muito sentido.
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