Esta forma de "medir" o mundo que nos rodeia não deixa de ser curiosa e injusta, reveladora de uma certa esquizofrenia paranóica (que quererá isto dizer?) característica da sociedade de consumo cada vez mais desenfreado em que nos movemos como moscas volteando numa imensa e apetitosa lixeira.
O sucesso assim medido deixa-nos a quase todos na prateleira dos tansos incapazes de gerar milhões (do que quer que seja) e incentiva-nos a escarafunchar as nossas existências na busca de uma oportunidade para amealharmos o nosso tão ambicionado milhão (qualquer coisinha serve). Um problema complicado!
Há o Guiness Book of Records, há as listas dos mais ricos, os rankings de popularidade ocupados por legiões de semi-deuses, cada qual com o seu milhão particular do que quer que seja. Nos states os nossos primos americanos dividem com frequência os cidadãos em loosers e winners, sempre com os tais milhões a servirem de bitola.
Talvez vá sendo tempo de baixar um pouco a fasquia para os mortais comuns. Eu proponho a dezena (ainda pensei na centena mas...).
Assim todos teríamos maiores probabilidades de vermos realizados os nossos sonhos. "Ganhei vinte euros a jogar à lerpa! Estou tão feliz!" ou "Já fiz hoje mais de dez desenhos, acho que mereço uma boa cervejola fresca!".
É isso, vou fazer uns desenhitos para merecer a bujeca ao fim da tarde!
3 comentários:
Valias um milhão, mas se queres , dou nota 10.
(;o)))
Não vou dar pontuação, porque sempre gostei mais de qualitativos do que de quantitativos, mas se me fizeres um desenho pago-te as jolas que conseguires beber até um milhão, hehehe...
It'a a deal?
ainda menos.. o que aconteceu a amar UMA pessoa, educar UM filho, escrever UM livro, etc.?
vivemos no meio de quantidades, e deixámos de apreciar a qualidade..
abraços
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