Nos últimos tempos a igreja católica tem produzido um discurso cada vez mais atento a questões ambientais. Primeiro foi o Cardeal Patriarca de Lisboa, agora o próprio Papa. Como nem um nem outro são gajos para dar ponto sem nó isto é estratégia pura (e dura?).
Parece-me natural que a igreja se preocupe com questões sociais e ambientais. Afinal de contas está aí para proteger as nossas almas e como elas se escondem dentro de nós enquanto se passeiam neste mundo pretenderá que estejam em bom estado quando chegar a hora de se passarem para o Outro Lado. Vai daí, chegou a hora de lutar pela conservação do planeta. Limpinho!
No entanto dei por mim a pensar se a razão desta nova consciência ecológica não terá um alcance mais longo, se a verdadeira preocupação não será muito mais abstracta que a mera conservação das almas no banho-maria das nossas existências.
Sendo o Deus dos católicos uma emanação de nós próprios, simultanemante Criador e Criado, a Sua existência dependerá tanto da nossa como a nossa depende da existência Dele. Assim, caso a espécie humana entre em declínio até à extinção, Deus irá para o limbo connosco no dia em que o último crente for riscado da face da Terra. Será?
Bento XVI lá vai debitando discurso, exigindo medidas que garantam a inversão da tendência para a destruição do meio ambiente. Saúda-se a preocupação do Sumo Pontifíce, mas será ela dirigida a nós?
9 comentários:
Preocupação procedente, sua e dele!
Ou: teriam os dinossauros um Deus?
Eduardo, estaremos a assistir ao nascimento de um novo paradigma da representação de Jesus? Cabelo comprido e barba já nós lhe inventámos, está mesmo a pedir uma imagem de activista anti-poluição e a um passo da imagem do activista anti-globalização.
:-)
Lina, se tinham um deus esse deus morreu com eles. Os deuses não sobrevivem à extinção dos que os adoram. Aliás, essa extinção faz duvidar da existência desses deuses... bom, esqueça.
:-)
Sorria.
Se não foi o homem que inventou Deus, quem foi?????
Deus não seria tão imperfeito a ponto de ter inventado o Homem!
Eduardo, é como aquela história da galinha e do ovo: o que surgiu primeiro?
:-)
No caso presente, meu caro Rui, não tenho dúvidas: Deus nasceu no estomago do homem!
Foi sempre o alimento, que ao saciar a fome humana, fez com que o homem adorasse os animais, depois a agricultura ( inventada pela mulher) lhes deu alimentos, e o trigo e etc foram adorados como sagrados. Mais adiante a relação das colheitas, e as fazes da Lua, fizeram com que os astros SOL e LUA fossem venerados, e finalmente passaram a adorar os seus semelhantes: Jesus, Buda e etc.
Comem o corpo de Cristo ( na religião Católica) até os dias de hoje, na comunhão, numa clara referência às origens das religiões! A alimentação e o pecado estão intimamente ligados em todas as crenças, passando dos Judeus aos Indianos e assim por diante! Deus nasceu e vive no estomago do homem!
É, eu estou a ganhar uma barriguinha com o passar do tempo.
:-)
Acreditar no que o Seu Benedito x, fala é perda de tempo, o velho num sabe o que faz.Já era. Não se meta no que não sabe, e do que supostamente sabe, sabe tudo errado.
Abs
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