A história de Abraão é exemplar. A divindade revela sadismo e mesquinhez. O homem mostra uma dimensão imbecil e crédula que todos sabemos possuir mas preferimos ignorar. O anjo cumpre o habitual papel de mensageiro e pouco mais. Já Isaac não passa de uma vítima inocente , tão relevante como a ovelha que surge vinda dos limites da imagem. Tudo para mostrar, a quem quiser ver e acreditar, onde pode conduzir a fé.
À beira do abismo, ao crime eminente. Pouco mais longe, muito mais perto.
Ao estar disposto a sacrificar o próprio filho para satisfazer uma ordem do seu deus, sem resistir, Abraão toma uma atitude próxima da do radical fundamentalista que oferece o filho em sacrifício com um cinto de bananas de dinamite. Em nome de Alá. Em nome de uma crença infundada numa entidade improvável.
Andamos a discutir questões relacionadas com a nossa liberdade individual por causa de crendices deste género? Porra, não pode ser!
Como diz a canção dos DEVO "Deus fez o homem mas usou o macaco para o fazer" e remata com a pergunta/resposta que dá título ao álbum: "Nós somos homens? Somos DEVO!"
Ora nem mais! A humanidade não merece muitos de nós e muitos de nós não merecem a humanidade. O resultado é a extinção dos orangotangos.
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