O filme A Dúvida tem um elenco extraordinário. Não é preciso ser um especialista para o descobrir. É óbvio. Meryl Streep ou Phillip Seymour Hoffman são nomes que de imediato conferem um selo de qualidade ao trabalho que desempenham. E, em A Dúvida, vão alto.
Já as actrizes "secundárias" constituem motivo de espanto. Amy Adams, no papel de jovem freira que se esforça até ao limite por imaginar a realidade, está em muito bom plano; mas Viola Davis, representando a mãe de um jovem aluno do colégio onde se centra a acção do filme, está num plano extraterrestre!
A densidade e intnsidade das representações são o sumo deste filme realizado pelo dramaturgo que escreveu a peça em que se baseia. Talvez por isso, a câmara concentra-se nas faces e nos corpos dos actores, como se o resto fosse (e é) mero acessório. É um filme sobre pessoas que pretende aprofundar a exposição da fragilidade humana quando se trata de construir modelos concretos daquilo que imaginamos ser a realidade. Confuso, não?
Apesar de ser bastante modesto sob o ponto de vista da realização, A Dúvida é daqueles filmes que, quando termina, nos deixa a sensação de ter sido extraordinariamente curto. Na verdade tem 104 minutos mas pareceu ter acabado depressa demais.
7 comentários:
Obrigada, vou tentar vêr esse filme ao fim da tarde.
Bjos Maria
Eu quero ir ver esse filme HOJE!!!
Estou indo ...agora...Delícia !
Maria, Alice, Ví, que coincidência estarem todas a preparar-se para verem esse filme hoje. Será isto que é designado como "Aldeia Global"?
:-)
Silvares...O que dizer de um filme que desde suas primeiras cenas te envolve a um ponto onde todos os sentidos parecem esta à flor da pele?
As interpretações são como vc bem diz, e na grande maioria "extraterrestres"...A profundidade e beleza dos sermões na intonação de Phillip Seymour Hoffman são de arrepiar...E a dúvida final de Merryl...nos deixa literalmente colados à cadeira.
Cinema a grande arte de hoje..para mim a maior!
A história do homem (ou era uma mulher?) que rasga a almofada no telhado e larga as penas pelo ar é mesmo muito fora!
Dá gosto ver uma descrição tão aberta do sentimento da dúvida que nos assalta quando somos suficientemente humanos.
Silvares,
Assisti ao filme ontem. Fiquei com a mesma impressão. A freirinha jovem e boa (Amy Adams) tem, em minha opinião, uma das melhores atuações que já vi. Transmite inocência, bondade, é quase uma santinha. Também achei que o filme passa rápido de mais. Alguma das cenas, como a diferença entre a refeição das freiras e a dos padres, são antológicas.
Grande abraço
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