Milk é um filme que conta uma história (Será isto digno de nota? Faz sentido esta afirmação?). Veloz e construído de forma sólida, conta com a extraordinária interpretação de Sean Penn (Oscar para o melhor actor?).
Sendo um filme biográfico centrado na figura de um activista gay, Milk acaba por constituir um hino à democracia americana. Harvey Milk nunca desiste de fazer valer os direitos da comunidade gay, utilizando todos os meios que a Democracia coloca à sua disposição, até atingir, finalmente, os objectivos a que se propõe.
O registo cinematográfico utilizado por Gus van Sant é escorreito e claro como água. No final sai-se do cinema com a sensação de que há esperança nas virtudes do sistema democrático e que, contra ventos e marés, é possível triunfar sobre as forças obscuras dos fundamentalismos mais empedernidos. Sai-se também com a sensação de que é possível fazer cinema sem grandes efeitos especiais nem explosões nem planos de centésimos de segundo montados uns a seguir aos outros numa sucessão alucinante.
Um bom filme, com um elenco excelente.
Na noite em que assisti à projecção de Milk a lotação da sala estava esgotada. Apesar de ser uma sala pequenina (uma das salas Vip das Amoreiras) é de assinalar este facto.
9 comentários:
Paulo Freitas do Amaral é o candidato do Partido Socialista à freguesia da Cruz Quebrada e Dafundo - www.cruz-quebradaedafundo.blogspot.com
Presumindo que a propaganda política seja acidental, lá irei ver o filme. Esta semana foi o Woody Allen. Filme levezinho. Bom para a crise. Dá para sorrir, sem maçadas. Não se percebe como de que é que aquela gente vive, mas tb.não interessa nada!
é o próximo da lista
Tenho que ir ver, já ouvi falar muito bem, acho que o Sean Penn está superlativo! Eu adoro o homem!
Esse filme é fantástico, falei dele no meu blog também. Milk ( o homem) e Sean Penn (tambem o homem) tem muito em comum de alguma maneira. Não é a toa que Sant o convocou para o papel.
O comentário de Anónimo neste post deixa-me a pensar que, tratando-se de um link para um blogue relacionado com a candidatura de um jovem a um lugar numa Junta de Freguesia, haverá alguma relação entre o dito candidato e o outro, o do filme. Ou será mera coincidência?
Jorge, vale a pena. Independentemente do tema há a dimensão cinematográfica. Gus Van Sant já me deixou a abanar a cabeça (com Elephant, não gostei MESMO) e agora voltou a conquistar-me. É um cineasta muito versátil.
Beto, é isso mesmo, uma lista de filmes a ver! Estou com A Duquesa e O Rapaz do Pijama ás Riscas no topo da minha.
Roserouge, se adoras o homem não percas. Vais adorá-lo ainda mais (se for possível).
Alice, parece que Sean foi feito para o papel (ou vice-versa).
Silvares,com Elephant também ficou um tempo na minha prateleira...suspenso...agora volta com tudo! Quanto a Sean ...simplesmente genial 99,99% das vezes..Aqui vale 2 Oscars.
Aguardemos. Essa coisa dos Oscares nem sempre parece muito justa. Ou se calhar até é!
vim de lá agora. Nem parece um filme do van Sant, sem aqueles exibicionismos de camara e planos rebuscado que é costume. Agora o final... não tenho a certeza se é a do triunfo dos fundamentalismos, se é a do sacrífício dos audazes. A América encontra sempre maneira de matar os que querem fazer dela um lugar melhor.
O Obama sabe disso, vê lá as medidas de segurança que o rodeiam.
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