Várias vezes aqui manifestei a minha incompreensão. As explicações que explicavam o crescimento económico não me entravam na cabeça! As economias cresciam. Cresciam sempre. Mais nuns certos países que em outros, mais à noite que de dia ou até mesmo o seu inverso e era sempre verdade, tudo justificado com a leitura impossível de gráficos, tabelas e outras maravilhas da adivinhação contemporânea. A economia crescia, crescia, parecia não haver um limite para tanto crescimento. Até porque os economistas eram gajos que pareciam capazes de a fazer crescer ainda mais e de forma mais acelerada, até ao infinito, como o Universo, que é outra coisa que não cabe nos limites da minha compreensão.
Até que, de súbito, graças a esta crise milagrosa, a economia parou, primeiro, e depois entrou em recessão ou contracção ou lá como se diz em economês. Vejo na TV os homens das gravatinhas e dos gráficos ao fundo do cenário virtual a fazerem caretas de quase pânico, assisto a debates e leio notícias nos jornais que dão conta de uma terrível apreensão perante este cenário de esvaziamento da economia. O Armagedão aproxima-se? Talvez não seja tanto assim. Na verdade, do alto da minha incapacidade para compreender o fenómeno, até me parece motivo de alívio que a economia esteja em período de contracção e esvaziamento. Se continuasse a crescer decerto haveria de alcançar um ponto máximo e... rebentasse de vez!
Talvez o Planeta agradeça, quem sabe?
6 comentários:
Tempos atrás alguns engravatados misturados a outros de batas indianas, calcularam que 40 bilhões de dólares seria suficiente para exterminar com a fome no planeta em definitivo. Essa pseudo-crise já levou os governantes a "gastarem" mais de 1 trilhão.Não tem algo errado nisso?
O problema é o tal cr5escimento a qualquer preço, tu tens razão, fosse daqui a algum tempo, poderia ser pior...
É, penso que é mais facil explodir de vez do que ficar essa lenga-lenga.
--- talvez com esta crise os mais pequeninos levem mais alguma coisita.
(???)não acredito, mas tenhamos esperança na bondade humana.
Silvares, hoje no cinema lembrei muito de ti... hehe
em breve te conto...
Beto, esse crescimento é suspeito. O seu comentário deixou-me a pensar no que cresce realmente, quando cresce a economia. Crescem as fortunas dos que já são ricos e a miséria dos miseráveis. Pelo meio há, como é evidente, uma classe média que vai aguentando uns e sustentando os outros.
Fiquei curioso com o comentário do cinema.
Alice, se rebentar vamos ter de viver em cima dos bocadinhos que restarem.
Jo-Zéi, talvez, quem sabe? Se o mundo se reequilibrar para o lado de cá da balança. Mas é difícil acreditar que os vampiros deixem de beber sangue!
É muito bem observado. Tb. não dá é para desencher demais o balão!
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