segunda-feira, outubro 15, 2007

A guerra

A grande guerra, a derradeira batalha a travar não é contra outros seres humanos. Não é com outros seres humanos que temos de nos preocupar quando pensamos em termos de supremacia na crosta planetária. O nosso inimigo é de outra natureza e vive dentro de nós. É um inimigo silencioso e com um modo de vida tão diferente do nosso que não temos a mínima hipótese de organizar um plano de batalha credível, quando se aproxima para lutar. A grande guerra, aquela que já está em curso e que vamos perder é contra os vírus. No final eles serão os últimos sobreviventes, os grandes triunfadores. Na Guerra dos Mundos, H.G. Wells faz dos vírus os responsáveis pela derrota dos terríveis marcianos. São eles que dão mais uma oportunidade à sobrevivência da humanidade. Talvez por gulodice ou simples eficácia laboral. Os vírus são trabalhadores incansáveis e não consta que reclamem períodos de férias.
Eu sei que esta conversa está um bocado parva. Deve ser do vírus que está a lutar comigo. Uma simples gripe pode fazer um gajo ficar deitado e com dores durante todo o dia. Dores de merda, eu sei, e estar deitado sabe muito bem. Pronto. ATCHIM!!! Caraças. Belo dia de folga!

9 comentários:

Anónimo disse...

carissimo
acabei de ler na semana passada a obra que te fazia falta neste tempo de convalescença, chama-se loop, e é de um escritor de ficção cientifica japonês cujo nome é qualquercoisa suzuky ( ou isto ou outra mota qualquer). a cooisa anda entre o w gibson e o f k dick, e é exactamente sobre como a vida na terra pode acabar graças a uma super especie de virus canceroso. a ironia da coisa é que o virus é a unica celula que se regenera infinitamente, o que o torna imortal, é devido ao seu sucesso que ele acaba por morrer!
abraço

Anónimo disse...

Coragem amigo, sei bem o que deves sentir. Ainda há dias me vi envolvido numa altercação com um grupo de vírus, foi duro, mas com ajuda de reforços químicos e de algum recolhimento, a coisa foi resolvida em dois ou três dias.
Não desanimes e uma saudação bem ao de longe, porque numa altura destas os abraços são um bocado complicados... por causa das recaídas.

Anónimo disse...

Saúde!

Abçs


Vitamina C e cama!

Anónimo disse...

---sempre em evolução...os vírus não param no seu processo evolutivo. Cada vez mais resistentes, quanto mais querem acabar com eles, pior...Revoltam-se!

MUMIA disse...

Acreditem na MUMIA!

Anónimo disse...

Na falta de outras coisas mais interessantes para ocupar o teu espírito, aqui vai uma espirituosa entrevista de um digno representante da Igreja católica:
-O Reitor do Santuário de Fátima

Monsenhor Luciano Guerra

Sobre o divórcio, o aborto, o preservativo e a sexualidade



(Extractos da entrevista feita por Pedro Almeida Vieira e publicada no “Notícias de Sábado”, suplemento semanal do “DN”, de 6 de Outubro)





Jornalista: Havia vidas desgraçadas quando não existiam divórcios…

Monsenhor LG: Havia e hoje também há. No tempo em que não havia divórcios, havia situações bastante dolorosas, mas a pessoa resignava-se. A mulher dizia: calhou-me este homem, não tenho outra possibilidade, vou fazer o que posso. Ao passo que hoje as pessoas querem safar-se de uma situação e caem noutras piores.



Jornalista: Na sua opinião, uma mulher agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?

Monsenhor LG: Depende do grau da agressão.



Jornalista: O que é isso do grau da agressão?

Monsenhor LG: Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos.



Jornalista: Então reformulo a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?

Monsenhor LG: Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não. Evidentemente que era um abuso, mas não era um abuso de gravidade suficiente para deixar o homem que a amava.



Jornalista: A questão do aborto é outro dos temas em que a Igreja recebe críticas …

Monsenhor LG: Aí é um caso limite em que não há qualquer hipótese da Igreja Católica vir a ceder. A Igreja entende que não temos direito sobre o nosso igual. A vida existe porque Deus quer.



Jornalista: Não faria sentido que, exactamente para evitar abortos, a Igreja tivesse outra postura em relação ao uso de preservativos?

Monsenhor LG: Não creio que em relação ao preservativo seja fácil. Além disso, sabemos que não há capacidade para distribuir a toda a população mundial, sabendo-se ainda que entre 20 a 30 por cento da Humanidade vivem com menos de um dólar por dia, que é o preço de um preservativo.



Jornalista: Porque é que a Igreja se mostra sempre tão rígida, se Deus nos criou com o corpo que temos, as sensações e as necessidades….

Monsenhor LG: Não é uma questão da Igreja Católica nem doutras religiões. A sociedade entendeu que a melhor forma de preservar a paz, no fundo o progresso, foi tirar as mulheres da frente dos homens. O perigo não são as mulheres, o perigo está nos homens.



Jornalista: Isso parece-me uma evolução. Há uns séculos, a mulher é que corporizava o mal, o desejo…

Monsenhor LG: Atenção, corporizava no sentido em que se entendia estar a propensão activa no homem. Se o homem não se impressiona com a mulher, a mulher não se impressiona com o homem. O perigo está nos homens, está no macho.



Jornalista: Fala-me disso e recordo-me de um sermão do século XVII em que um padre culpava os decotes das mulheres pela seca porque os homens não estavam atentos nas missas…

Monsenhor LG: Digo-lhe uma coisa. Tenho para mim que a falta de aproveitamento dos nossos jovens está na sexualidade que lhes absorve a atenção, mesmos sem estímulos externos, o principal dos quais é a mulher. Você sabe como é a imaginação de um jovem. Ponha agora uma rapariga ao lado e vai ver como ele se distrai mais rapidamente do que com um homem. Quanto mais você se concentrar num prazer menos tem concentração para aquilo que não lhe dá prazer. É por isso que os drogados, coitados, acabam por se drogar noite e dia, porque estão sempre a pensar naquilo. É uma obsessão

Silvares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Silvares disse...

Obrigado pelas palavras de incentivo. Hoje já me sinto pronto para outra e quer-me parecer que os vírus acabaram por retirar e estão a preparar-se para uma próxima batalha. Como diz o povo "enquanto o pau vai e vem folgam as costas".
No excerto da entrevista que o Olaio aqui deixou agrada-me particularmente a passagem em que o Monsenhor se atreve a afirmar que "Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava...", um docinho! Força Monsenhor, não te deixes ficar, emigra para o Irão e resolve esses teus problemas de uma vez por todas!
;-)
Hahahah, há palhaços pior vestidos e mais engraçados, mas este é dos bons!

MUMIA disse...

-Monsenhor não desista da sua luta.
A Religi~ao sempre a evoluir, into the futur(como os Kraftwerk).
A Guerra biológica não pára...e mais os meus amiguinhos vírus. Palavra da MUMIA.