quinta-feira, julho 27, 2006

O gigante



A guerra é total (haverá guerras parciais?) e o Líbano arde de novo. Não se vislumbra forma de pôr termo a isto. Cada dia que passa vamos tendo mais tempo para imaginar o que poderá acontecer num futuro próximo ou nem por isso. As imagens que se vão formando não entusiasmam pela sua beleza.

A morte de 4 membros da ONU sob fogo do exército israelita mostra bem a eficácia da cirurgia guerreira. Os ataques a alvos do Hezbollah são ataques contra toda a gente. Os israelitas não vêem nada nem ninguém, agem tal e qual como os outros terroristas, atiram tudo o que têm à mão sobre qualquer lugar onde imaginem que possam existir inimigos.

Os dias passam e o monstro engorda e cresce a olhos vistos. O espectro da guerra começa a estender a sua sombra. Até onde?

4 comentários:

Anónimo disse...

Até onde irá o espectro da guerra, pergunta você? Na minha muito modesta opinião vai-se espalhar a todo o lado. Nessa zona e adjacências até acontece permanentemente uma guerra parecida com o que se denomina "guerra convencional", incluindo a de "guerrilha". E depois existem os atentados à bomba que os contendores afirmam ser o tipo de guerra actual. A catástrofe do Líbano pode confirmar a teoria das catástrofes do René Thom: uns bombardeamentos num bairro em Gaza e numa escola, ou hospital, em Beirute, umas bombas no metro de Londres, numa escola de Milão, na ponte 25 de Abril.

É o supremo desenvolvimento das guerras cirúrgicas. Os militares já não morrem aos cachos, por vezes nem se atinge uma dezena (cf os relatos dos media, nomeadamente os da guerra "em directo" da hora do jantar), mas fazem-se estragos entre os civis com requinte. É vê-los fugir como perdizes e espetar-lhes umas bombas de fragmentos e observar braços, pernas a saltarem. Mas, como dizia a articulista de serviço à causa israelita, tudo isto não passa duma necessidade de sobrevivência de Israel, compreende-se, o que é a eternidade comparada com o sofrimento de umas vidas?

télogo

Anónimo disse...

Até onde irá o espectro da guerra, pergunta você? Na minha muito modesta opinião vai-se espalhar a todo o lado. Nessa zona e adjacências até acontece permanentemente uma guerra parecida com o que se denomina "guerra convencional", incluindo a de "guerrilha". E depois existem os atentados à bomba que os contendores afirmam ser o tipo de guerra actual. A catástrofe do Líbano pode confirmar a teoria das catástrofes do René Thom: uns bombardeamentos num bairro em Gaza e numa escola, ou hospital, em Beirute, umas bombas no metro de Londres, numa escola de Milão, na ponte 25 de Abril.

É o supremo desenvolvimento das guerras cirúrgicas. Os militares já não morrem aos cachos, por vezes nem se atinge uma dezena (cf os relatos dos media, nomeadamente os da guerra "em directo" da hora do jantar), mas fazem-se estragos entre os civis com requinte. É vê-los fugir como perdizes e espetar-lhes umas bombas de fragmentos e observar braços, pernas a saltarem. Mas, como dizia a articulista de serviço à causa israelita, tudo isto não passa duma necessidade de sobrevivência de Israel, compreende-se, o que é a eternidade comparada com o sofrimento de umas vidas?

télogo

Silvares disse...

Não há nada a fazer. A guerra devia voltar a ser com já foi. Dois bandos de guerreiros encontravam-se num local determinado e a uma certa hora e...

Anónimo disse...

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