Sua Santidade o Dalai Lama. Não soa mal. Soa melhor que chamar Sua Santidade a uma personagem como Ratzinger que, não sei porquê, me causa arrepios.
Ratzinger, o Papa, tem o olhar de uma fuinha insensível (sim, porque há fuinhas capazes de actos de amor às fuinhas que lhes são próximas) e não inspira sentimentos de compaixão. Comparado com o defunto Wojtyla, que tinha ar de avôzinho meio perdido, este novo velho Papa apresenta-se algo sinistro, como um vampiro disfarçado de exorcista.
Vem isto a propósito do texto de Frei Bento Domingues no Público de hoje com o título "Jesus e Buda". O episódio aí narrado com o Dalai Lama por protagonista mostra como Budismo e Cristianismo podem cruzar-se pacificamente neste tempo e neste espaço enquanto correntes de meditação e pensamento ocupadas na reflexão aberta e o mais pura possível sobre o mundo que nos rodeia na tentativa de descobrir uma via que nos possa transportar a um outro mundo.
Não estou a ver que Budismo e Catolicismo possam encontrar esse espaço de convivência pacífica aí proposto. A igreja católica é demasiado esfomeada de almas para permitir que alguma ovelha abandone pacificamente o seu rebanho. Conta a História que em inúmeras situações preferiu matá-las a perdê-las.
Penso que é cada vez mais importante mostrar bem a diferença entre ser Cristão e ser Católico já que são coisas tão diferentes como ser Humano e ser Português. Nem todos os cristãos são católicos da mesma forma que nem todos os seres humanos são portugueses. Isto parece estúpido de pensar e, ainda mais, de se escrever, não parece? Mas não será tanto assim se notarmos o facto de a igreja católica reclamar direitos inerentes à sua suposta implantação e influência sobre os cidadãos. Há demasiadas ovelhas que são católicas por não distinguirem a erva que pastam da merda que cagam.
Na imagem vemos Sua Santidade a proteger-se do Diabo com uma gesto de defesa típico .
2 comentários:
que lindas as chanatas do mestre. que linda a sala oral e a conversa anal...
Descobrir a beleza está na natureza de cada um de nós.
Verbalizar aquilo que achamos belo é um passo para descobrirmos quem somos.
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