O Bom Pastor ( na imagem uma escultura romana dos primórdios do cristianismo como religião oficial do Império Romano), é uma metáfora de confiança e esperança. Cristo (aqui na sua versão original, um jovem imberbe vestido à maneira da época em que a estátua foi executada) surge com uma ovelhinha aos ombros, num gesto de protecção que a Igreja começava já a prometer aos seus acólitos. Prometia uma vida eterna e, motivo de muitas conversões espontâneas na altura, prometia a ressurreição.
Esta última promessa revestia-se de alguma originalidade na forma como era apresentada e terá sido um produto com boa colocação no mercado e algum marketing associado. Por falar em marketing a imagem acima mostra como naqueles tempos em que os deuses falavam se podia plagiar uma obra de arte sem problemas de maior que não fosse fazer a cópia.
Os cristãos do Império, herdeiros de uma tradição cultural e artística com provas dadas e eficácia garantida a vários níveis, muito simplesmente se apropriaram de formas preexistentes e as adaptaram ás suas necessidades.
Segundo rezam as crónicas, o modelo da representação de O Bom Pastor (tanto pictórica como escultórica) foi Aristeu, divindade grega (se não estou em erro) com a função de proteger os jardins ou os animais, qualquer coisa do género, uma espécie de sócio da Quercus na Antiguidade, que era representado daquele modo, com a ovelhoca aos ombros. Bastou mudar a intenção, mantendo a forma e... voilá! Sai uma escultura cristã.
Quem diria que o ready-made duchampeano já tinha sido intuído há tanto tempo atrás!
1 comentário:
ASLPASLAPSALPALSPASLAPSALSA²
que inutil tudooo³ isso :P
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