Retrato de Adele Bloch-Bauer I, óleo e ouro sobre tela, 1907, Gustav Klimt
Ora aí está, o recorde foi batido. Estamos numa época em que o mercado da arte tem apresentado uma forma invejável com alguns recordes a serem sucessivamente batidos. O Título Mundial de "O Mais Caro de Sempre" acaba de ser arrebatado pelo Retrato da Adele Bloch-Bauer, do imortal Gustav. Terá sido adquirido pela soma astronómica de 105 milhões de Euros (seja lá isso o que for) relegando para o segundo degrauzinho do pódio Rapaz Com Cachimbo, uma aguarela do divino Pablo. Num mundo como o nosso nada melhor que muitos zeros sguidos no preço do que quer seja se quisermos provar o valor da coisa. É evidente. Se vale muito dinheiro é porque tem muito valor. Não é preciso ser-se nenhum génio para compreender uma evidência destas! Seja uma obra de arte, uma empresa cotada na bolsa, um jogador de futebol, uma jóia ou urânio enriquecido, o valor monetário é que interessa. Apaga as fronteiras entre ética, estética, comércio ou economia, apaga todas as fronteiras sejam elas quais forem.
A partir de hoje a obra do imortal Gustav vai ser olhada com outros olhos pois tem um título mundial em seu poder.
Por coincidência e curiosidade irá estrear na 5ª feira um filme dedicado a Gustav. Até era capaz de apostar que irá ter muitos mais espectadores que Modigliani (discretamente em exibição numa sala das Amoreiras). Sim, afinal de contas é um filme dedicado a um recordista mundial, nem mais nem menos!
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