Na sequência do meu recente ataque de revivalismo cinematográfico dei por mim a ver A Mosca de David Cronenberg acompanhado pela minha filha e pelos meus sobrinhos. Uma espécie de sessão educativa para a vertente mais jovem da família.
Apesar da distância cronológica (o filme foi realizado em 1986) A Mosca mantém alguma da frescura que lhe valeu elogios entusiásticos quando apareceu nos écrãs. Surpreendentemente, o aspecto "anos 80" dos protagonistas, com os seus penteados tipo Luís XIV, não provocou gargalhadas entre a nossa pequena plateia. A narrativa bem marcada e escorreita deslizou pela sala com à vontade prendendo os jovens espectadores. A coisa só tremelicou um pouco quando a transformação do Dr. Brundle (Jeff Goldblum) começou a tornar-se mais evidente. Principalmente o mais pequeno dos espectadores, o Pedro de apenas 10 anos, teve alguns momentos um pouco mais emotivos, por assim dizer. Mostrou sabedoria ao fechar os olhos sempre que eu lho aconselhava, nas cenas em que os efeitos especiais, muito crús, poderiam tornar-se um pouco mais arrepiantes. Não resistiu a uma espreitadela desaconselhada, o que lhe arrancou alguns gritinhos.
No final algum nojo e muito bom humor coloriram os comentários. Tudo somado tratou-se de uma noite gloriosa para o realizador canadiano que ganhou mais dois potenciais espectadores (já lhes aconselhei eXistenz, uma vez que os jovens gostam tanto de jogos e realidade virtual) e acabámos bem divertidos.
Entretanto tenho ali em cima da mesa Taxi Driver. Mas esse será visto em sessão mais restrita.
1 comentário:
Ainda não tenho netos para esses filmes! Sorte minha...por enquanto...
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