O governo do nosso país já foi como um bébé numa incubadora. Ainda por cima os irmãos mais velhos, os tios e os primos, que deveriam zelar pelo bem estar do pimpolho, divertiam-se a apontar-lhe os defeitos e iam profetizando desgraças que nem a bruxa má da Cinderela foi capaz de inventar.
Cada visita dos familiares era um risco para o bébé. É que não se limitavam a dizer mal. Não. Aproximavam-se ameaçadores, com sorrisos malévolos e davam uns abanões à coisa e puxavam os fios e riam-se das maldades que lhes passavam pela cabeça.
Esse governo era protegido por um menino muito corajoso, um pequeno campeão da saudade e da justiça. Alguns comparavam-no ao célebre Rambo, outros diziam que ele não prestava para grande coisa, mas acabou conhecido como sendo um menino guerreiro.
Apesar dos esforços do menino os familiares levaram a melhor e o pobre governo finou-se ainda antes de ter rastejado para fora da incubadora. Foi pena porque o menino cresceu e agora é que estava capaz de proteger um governo como deve ser mas parece que já ninguém confia nele o suficiente para lhe dar outra vez a responsabilidade de encabeçar uma vara ministerial.
O menino/homem regressou para se mostrar e contar as peripécias do tal governo franzino e enfermiço. Regressou para atormentar os maus e dar esperança aos bons.
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