sexta-feira, novembro 10, 2006

Cuba libre*




As imagens são actuais. As personagens são verdadeiras.
O bloqueio engana-se com imaginação e alguma dose de humor.
Nalguns casos não tem graça nenhuma, mas este "bus" às costas de um camião...


A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou esta quarta-feira uma resolução por esmagadora maioria, pedindo o levantamento do embargo económico a Cuba imposto pelos Estados Unidos, que se mantém desde 1961.
Denominada “Necessidade do levantamento do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos”, a resolução não tem carácter impositivo, apenas reflecte a opinião da comunidade internacional.
A resolução reuniu 183 votos a favor, quatro votos contra, dos Estados Unidos, Israel, Palau e Ilhas Marshall, e uma abstenção, da Micronésia.

Há coisas que não se explicam. Há outras coisas que se percebem muito bem. Se o embargo dos EUA à ilha do Fidel ditador merece uma reprovação absoluta no quadro das Nações Unidas é porque há ali porcaria da grossa. São 183 nações a afirmar que se deve pôr termo ao embargo. Os apoios dos EUA, além do eterno cão-de-fila israelita, não chegam sequer a ser ridículos.

Há quem pense que, tal como no caso do Iraque, a admnistrição americana comete, também aqui, um erro de apreciação grosseiro e mesmo contraproducente. A estratégia para acabar com a ditadura castrista tem-se revelado inadequada.
O verdadeiro problema da ditadura castrista será a abertura total ao exterior, impedir essa possibilidade de abertura é fazer um favor aos manos Castro lá daquelas bandas. Quanto mais o "animal" é acossado mais fundo se esconde na toca e mais difícil é convencê-lo a deitar o focinho de fora.
É o que dá querer caçar um rato inteligente com um elefante que sofre de atraso mental e nem sabe o que é a sua tromba.

Paradoxalmente imagina-se que uma Cuba democrática será, numa primeira fase, um perigo total para a esmagadora maioria dos cubanos. No dia em que o regime dos manos Castro vier abaixo aquela ilha vai ser devorada por uma matilha de multinacionais dos mais variados negócios e não se sabe se irá sobrar alguma coisa para, numa segunda fase, se poder construir um país verdadeiramente democrático.

Já percebemos que o pacote estratégico dos EUA com "liberdade/democracia/consumo" é para aplicar tipo supositório metálico, coisa que o "beneficiário" nem sempre está disposto a permitir que lhe metam no respectivo local.

*Rum com Coca-Cola?

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