Com TLEBS ou sem TLEBS, com estes secretários de estado ou outros quaisquer, com esta ministra ou com aquela senhora que esteve à frente do Ministério da Educação quando Santana Lopes foi 1º ministro, há um factor determinante para o desempenho escolar dos estudantes que nem sempre é trazido a debate. Refiro-me ao apoio familiar, o interesse que existe (ou não) no enquadramento educativo extra-escolar da criançada e que é da maior relevância. Os encarregados de educação, antes de se preocuparem com a possibilidade de virem a contribuir para a avaliação dos professores, deverão meter mão na consciência avaliando o seu próprio desempenho no acompanhamento da evolução da situação escolar dos seus educandos.
Basta olhar para os números relativos a presenças em reuniões de encarregados de educação com os directores de turma ou para as percentagens de sócios inscritos nas associações de pais para ficarmos, na esmagadora maioria dos casos, um tanto apreensivos. A participação nestas assembleias é, normalmente, reduzida, quase ridícula. Argumentando que os horários são desajustados ou que as reuniões têm ordens de trabalho pastosas e enfadonhas, a verdade é que se verifica uma baixa taxa de participação efectiva por parte dos encarregados de educação. Isto é reflexo da fraca cultura democrática do povo português que com frequência prefere dizer mal do que arriscar agir.
Mais importante do que barafustar contra a marcação de trabalhos de casa é perguntar aos nossos filhos, quando chegam a casa vindos da escola, se têm trabalhos para realizar. Mais importante do que dizer que os professores são isto ou aquilo será inquirir os miúdos sobre a forma como se desenrolou o seu dia de trabalho na escola, marcar as datas dos testes, da entrega de trabalhos e das visitas de estudo num calendário exposto em local visível para que toda a família tenha consciência plena dos compromissos estabelecidos. Mesmo que a cabeça pese e o corpinho esteja a pedir noticiário ou novela, fazer o esforço de pegar nos manuais escolares e dar-lhes uma vista de olhos com os catraios.
Não há nada que substitua os pais na educação das crianças. A escola pode ser um complemento mas nunca um substituto. Os alunos levam para o recinto escolar a experiência de vida que aprendem no espaço familiar e ali a confrontam com outro tipo de necessidades e comportamentos adequados a circunstâncias específicas. O que se verifica demasiadas vezes é que os encarregados de educação vêm reclamar à escola aquilo que deveria ser da sua responsabilidade. Se um aluno é mal-educado e tem um comportamento a raiar a delinquência não podem ser assacadas responsabilidades à escola! Grande parte das vezes estão apenas carentes de atenção e mostram-no, sem o saberem, insultando a inteligência e as regras de convivência mais básicas. Em questões de educação e comportamento o espaço escolar deveria ser bem mais consensual e menos conflituoso.
Quando as famílias conseguirem constituir-se em núcleos básicos de aprendizagem a todos os níveis, talvez a qualidade do ensino possa melhorar. Quando os pais e mães por esse país fora forem menos corujas e exigirem mais respeito aos seus rebentos por aquilo que eles e a escola representam, talvez o nosso sistema educativo se fortifique e seja menos vulnerável a tropelias e deslizes ministeriais, a falhas e irresponsabilidades de alguns professores e, talvez, não tenhamos que ouvir tantas vezes uma das frases mais usados pelo cidadão médio português: “Eu não tenho culpa!”
Basta olhar para os números relativos a presenças em reuniões de encarregados de educação com os directores de turma ou para as percentagens de sócios inscritos nas associações de pais para ficarmos, na esmagadora maioria dos casos, um tanto apreensivos. A participação nestas assembleias é, normalmente, reduzida, quase ridícula. Argumentando que os horários são desajustados ou que as reuniões têm ordens de trabalho pastosas e enfadonhas, a verdade é que se verifica uma baixa taxa de participação efectiva por parte dos encarregados de educação. Isto é reflexo da fraca cultura democrática do povo português que com frequência prefere dizer mal do que arriscar agir.
Mais importante do que barafustar contra a marcação de trabalhos de casa é perguntar aos nossos filhos, quando chegam a casa vindos da escola, se têm trabalhos para realizar. Mais importante do que dizer que os professores são isto ou aquilo será inquirir os miúdos sobre a forma como se desenrolou o seu dia de trabalho na escola, marcar as datas dos testes, da entrega de trabalhos e das visitas de estudo num calendário exposto em local visível para que toda a família tenha consciência plena dos compromissos estabelecidos. Mesmo que a cabeça pese e o corpinho esteja a pedir noticiário ou novela, fazer o esforço de pegar nos manuais escolares e dar-lhes uma vista de olhos com os catraios.
Não há nada que substitua os pais na educação das crianças. A escola pode ser um complemento mas nunca um substituto. Os alunos levam para o recinto escolar a experiência de vida que aprendem no espaço familiar e ali a confrontam com outro tipo de necessidades e comportamentos adequados a circunstâncias específicas. O que se verifica demasiadas vezes é que os encarregados de educação vêm reclamar à escola aquilo que deveria ser da sua responsabilidade. Se um aluno é mal-educado e tem um comportamento a raiar a delinquência não podem ser assacadas responsabilidades à escola! Grande parte das vezes estão apenas carentes de atenção e mostram-no, sem o saberem, insultando a inteligência e as regras de convivência mais básicas. Em questões de educação e comportamento o espaço escolar deveria ser bem mais consensual e menos conflituoso.
Quando as famílias conseguirem constituir-se em núcleos básicos de aprendizagem a todos os níveis, talvez a qualidade do ensino possa melhorar. Quando os pais e mães por esse país fora forem menos corujas e exigirem mais respeito aos seus rebentos por aquilo que eles e a escola representam, talvez o nosso sistema educativo se fortifique e seja menos vulnerável a tropelias e deslizes ministeriais, a falhas e irresponsabilidades de alguns professores e, talvez, não tenhamos que ouvir tantas vezes uma das frases mais usados pelo cidadão médio português: “Eu não tenho culpa!”
Sem comentários:
Enviar um comentário