Em toda a converseta gerada à volta da polémica intervenção do Papa que deixou a "rua islâmica" em polvorosa há um ponto que não tem sido devidamente explorado.
O facto de encararmos Ratzinger como sendo vítima de um mal-entendido por parte de um punhado de radicais inimigos da liberdade de expressão não faz dele um campeão dos livres pensadores. Nem um pouco mais ou menos!
Apesar de pretender fomentar um debate centrado na reflexão sobre a relação entre a Fé e a Razão, a verdade é que Ratzinger está muito longe de ser um defensor da liberdade de expressão. Nem poderia ser de outro modo uma vez que se trata do sum-pontifíce de um religião muito pouco dada ao contraditório. A própria suposta infalibilidade do Papa (posta em causa neste episódio de forma muito nítida) não permitirá grandes polémicas em torno das suas afirmações.
Basta lembrar a sua posição perante uma situação tão básica como a da recente "crise dos cartoons" e a forma como afirmou ser intolerável que se ponham em causa certos dogmas característicos das religiões do Livro. Por aí não merecerá grande (ou nenhuma) solidariedade.
Serviria este episódio para iluminar Ratzinger com alguma humildade caso não se tratasse de uma personagem convicta da superioridade inquestionável da sua fé e respectivos pontos de vista, se assim lhes posso chamar uma vez que pretendem ser verdades inquestionáveis.
"Quem com ferros mata, com ferros morre". Pois é. É lixado!
O facto de encararmos Ratzinger como sendo vítima de um mal-entendido por parte de um punhado de radicais inimigos da liberdade de expressão não faz dele um campeão dos livres pensadores. Nem um pouco mais ou menos!
Apesar de pretender fomentar um debate centrado na reflexão sobre a relação entre a Fé e a Razão, a verdade é que Ratzinger está muito longe de ser um defensor da liberdade de expressão. Nem poderia ser de outro modo uma vez que se trata do sum-pontifíce de um religião muito pouco dada ao contraditório. A própria suposta infalibilidade do Papa (posta em causa neste episódio de forma muito nítida) não permitirá grandes polémicas em torno das suas afirmações.
Basta lembrar a sua posição perante uma situação tão básica como a da recente "crise dos cartoons" e a forma como afirmou ser intolerável que se ponham em causa certos dogmas característicos das religiões do Livro. Por aí não merecerá grande (ou nenhuma) solidariedade.
Serviria este episódio para iluminar Ratzinger com alguma humildade caso não se tratasse de uma personagem convicta da superioridade inquestionável da sua fé e respectivos pontos de vista, se assim lhes posso chamar uma vez que pretendem ser verdades inquestionáveis.
"Quem com ferros mata, com ferros morre". Pois é. É lixado!
2 comentários:
Saudações meu caro 100cabeças, ora deixa-me "amandar" mais umas achas prá fogueira.
Como Cardeal, Ratzinger opôs-se à entrada da Turquia na Comunidade Europeia pelo simples facto de esse país ser maioritariamente muçulmano.
Há pouco tempo suprimiu a instancia que no Vaticano promovia o diálogo “Cristianismo-Islamismo”.
No documento “Dominus Jesus” de sua autoria, de 15 de Setembro de 2000, afirma que “a única religião verdadeira é a Igreja Católica Romana” e que “os seguidores de outras religiões objectivamente se encontram, em relação à salvação, numa situação gravemente deficitária”.
Não tem sentido encontros com outras religiões porque “ é contrário à fé católica considerar a Igreja como uma via de salvação ao lado das outras”.
Com todo este passado, não causa estranheza o seu discurso na Universidade de Ratisbona, nem parece que tenha havido mal-entendidos por parte do mundo Islâmico e de muitos católicos.
Já agora quando afirmas:"O facto de encararmos Ratzinger como sendo vitima...", estás-te a referir a quem? Nós quem???
não será isso um sinal do pensamento único de que é vitima o "sofá cristão".
Saudações ateias
"Nós", eu, tu... não sei, é o oposto de "eles", identificação.
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