
Os defensores da "coisa-tal-como-está" vêm ao debate com novas estratégias. Refinaram o discurso e usam falas mais mansas e menos contundentes. Parece que durante o tempo que decorreu desde o Referendo anterior e os dias de hoje ganharam outra consciência do problema e já estão mais compreensivos se bem que igualmente irredutíveis nas suas crenças e na fé que as anima.
Os defensores da "coisa-tem-que-mudar" continuam mais ou menos na mesma e não cedem um milímetro nas suas convicções e nos princípios que os animam. O debate não promete grande coisa, em boa verdade. Esperam-se mais acusações, demonstrações e o agitar de milhentos papões.
Por mim vejo a coisa como uma questão de saúde pública onde, como tal, deverá imperar o bom senso e alguma frieza de análise. Neste debate há sempre uma grande dose de emotividade misturada com ódios figadais que ressurgem de rompante para confundir os indecisos.
No anterior referendo a participação dos portugas foi o que se viu e nada se alterou. Espero que desta vez haja, pelo menos, uma maior afluência de cidadãos dispostos a deixar a sua opinião em forma de voto dentro das urnas.
Para que não tenhamos de nos envergonhar quando olhamos o espelho e somos nós o que o reflexo nos devolve.
Sem comentários:
Enviar um comentário