Os críticos cinematográficos exercem uma estranha actividade quando tentam traduzir em estrelas ou bolinhas as suas doutas opiniões sobre os filmes que vão vendo.
Pergunto-me se irão aos filmes com o fastio próprio de quem se vê obrigado a cumprir uma tarefa profissional independentemente da vontade em o fazer ou não. Serão obrigados a ver tudo ou só algumas coisas? Apenas o que imaginam poder vir a apreciar com gosto ou escolherão filmes que sabem de antemão ir odiar profundamente?
Hoje irei assitir à projecção do mais recente filme de Shyamalan. A fiar-me na opinião unânime da crítica especializada melhor será ficar em casa ou alugar um filme iraniano no clube de vídeo (não deveriam chamar-se antes clubes de DVD?). As opiniões assassinam por completo o objecto e deixam o eventual espectador com os dois pés atrás, fora da porta.
Verdade, verdadinha, vi todos os filmes anteriores deste realizador e gostei tanto de todos que estou disposto a arriscar mais uma vez. Lady in the water poderá até ser uma seca, ser patético, pretensioso, uma merda, em suma. Poderá ser isso tudo, mas seria impossível deixar em branco o espaço desse cromo na minha caderneta de Shyamalan.
Mesmo que a partir de agora a sua obra perca fôlego e grandiosidade, este realizador já ganhou um espaço próprio na minha mente ou no meu espírito (não sei bem ao certo), o suficiente para não querer perder nada do que vá fazendo. Além do mais sei bem que a genialidade artística não é uma constante. É mais uma variável algo imprevisível que, quando transformada em rotina, gera objectos sempre semelhantes.
Há quem se deslumbre com a coerência das obras de determinados artistas. Eu não. Pessoalmente prefiro a surpresa e o inesperado, o resultado imprevisto. As coisas nem sempre correm bem e será impossível satisfazer um exército de críticos habituados a sentarem os cús na poltrona fiados na sua infalível capacidade de análise que encaram os objectos com a sobranceria própria daqueles a quem já nada surpreende.
Quando o objecto que analisam ultrapassa as suas previsões (sim, os críticos também têm qualquer coisa de videntes) entramos no campo do imponderável. É nessas ocasiões que atribuir estrelas e bolinhas pode revelar-se um alívio para o espírito crítico.
Para mim um filme de Shyamalan nunca poderá ser "dispensável". Mínimo dos mínimos será sempre um filme "a ver".
Pergunto-me se irão aos filmes com o fastio próprio de quem se vê obrigado a cumprir uma tarefa profissional independentemente da vontade em o fazer ou não. Serão obrigados a ver tudo ou só algumas coisas? Apenas o que imaginam poder vir a apreciar com gosto ou escolherão filmes que sabem de antemão ir odiar profundamente?
Hoje irei assitir à projecção do mais recente filme de Shyamalan. A fiar-me na opinião unânime da crítica especializada melhor será ficar em casa ou alugar um filme iraniano no clube de vídeo (não deveriam chamar-se antes clubes de DVD?). As opiniões assassinam por completo o objecto e deixam o eventual espectador com os dois pés atrás, fora da porta.
Verdade, verdadinha, vi todos os filmes anteriores deste realizador e gostei tanto de todos que estou disposto a arriscar mais uma vez. Lady in the water poderá até ser uma seca, ser patético, pretensioso, uma merda, em suma. Poderá ser isso tudo, mas seria impossível deixar em branco o espaço desse cromo na minha caderneta de Shyamalan.
Mesmo que a partir de agora a sua obra perca fôlego e grandiosidade, este realizador já ganhou um espaço próprio na minha mente ou no meu espírito (não sei bem ao certo), o suficiente para não querer perder nada do que vá fazendo. Além do mais sei bem que a genialidade artística não é uma constante. É mais uma variável algo imprevisível que, quando transformada em rotina, gera objectos sempre semelhantes.
Há quem se deslumbre com a coerência das obras de determinados artistas. Eu não. Pessoalmente prefiro a surpresa e o inesperado, o resultado imprevisto. As coisas nem sempre correm bem e será impossível satisfazer um exército de críticos habituados a sentarem os cús na poltrona fiados na sua infalível capacidade de análise que encaram os objectos com a sobranceria própria daqueles a quem já nada surpreende.
Quando o objecto que analisam ultrapassa as suas previsões (sim, os críticos também têm qualquer coisa de videntes) entramos no campo do imponderável. É nessas ocasiões que atribuir estrelas e bolinhas pode revelar-se um alívio para o espírito crítico.
Para mim um filme de Shyamalan nunca poderá ser "dispensável". Mínimo dos mínimos será sempre um filme "a ver".
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