Nas escolas, nas ruas, na política, em todo o lado, o português nunca tem culpa de nada e, como tal, não pode ser condenado sem que isso constitua uma tremenda injustiça! Haverá sempre mais alguém a quem recorrer, mais uma tentativa para mostrar o seu especialíssimo ângulo de visão sobre o problema em análise. Isto faz com que a justiça seja ainda mais lenta do que já seria de esperar dada a qualidade dos seus agentes principais.
É como se não houvesse uma Lei que fosse a reger a nossa vida em comunidade e uma grande parte dos juízes parece apostada em mostrar que essa aparente falta de senso faz todo o sentido. Julgam e contrajulgam com uma leveza assustadora colocando-se muitas vezes a si próprios acima da Lei como se constituissem uma casta superior. São eles e os polícias. E os autarcas. E os políticos, de uma forma geral...
... se calhar não confiamos nas leis nem no poder precisamente porque os sinais que deles recebemos nos deixam hesitantes em acreditar nas suas boas intenções. Ou seja, somos um povo ingovernável mas, na verdade, não temos culpa...
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