Uma imagem (não conheço o autor) que ilustra bem um certo consumo artístico pós-moderno e contemporâneo, fruto da apropriação dos clássicos pela cultura Pop. Tudo embrulhado em papel gorduroso e metido para dentro com dentadas certeiras, mastigando de boca aberta. Um mimnho!
9 comentários:
Ótima observação! Oportuno comentário! Com o humor na medida do tema tratado!
Olá Silvares, perdoe-me se acaso estou falando alguma asneira, mas essa é uma manifestação prá se dizer alguma coisa que já sabemos...o passo precisa mudar, e o pensamento evoluir, tenho a impressão de estar ouvindo ao longo dos anos os mesmo pensamentos apresentados apenas com figurinos diferentes mas o tecido continua o mesmo "..."
O que pode-se chamar "requinte artístico "Bléeeeeeeeeeee"!!!
O limite do artista que até mesmo para criticar o outro não consegue criar a sua própria arte. Em nome de uma não sei o quê...esquece-se que só é reconhecido aquilo que de fato é novo, não necessariamente diferente.Um comum equivoco entre a repetição plagiada e a contínua evolução, lenta mas certeira.
A insossa e repetitiva criatividade de mostrar uma opinião subinhada atráves desse meio chamado arte.
Lorotas, lorotas, lorotas as minhas evidentemente.
beijos,
Um mimnho???
---JUNK SOCIETY---
= um bom retrato dos nossos tempos.
-ainda prefiro mais o DAVID gordinho ao lado.
Depois de La Gioconda, descobriram o David...
Eduardo, cada vez mais me convenço que a arte tem uma dimensão humorística intrníseca. O humor é uma excelente via para nos conduzir às coisas mais sérias.
:-)
Selena, foi Picasso quem disse "onde houver algo bom para ser roubado, eu roubo!" (algo assim). Há quem pense que a arte é uma reflexão continuada sobre as mesmas formas e expressões semelhantes que apenas variam conforme o tempo e o espaço onde são produzidas. A arte será um fluxo contínuo, permanentemente transformado e retrabalhado... é um poco complexo mas penso que faz sentido.
Caçador, engasguei-me com um "i" que me caíu na garganta e resvalou pró esófago.
MUMIA, o David gordinho é a imagem do homem ocidental actual, como o David formoso seria a imagem do homem rensacentista. Mudam-se os tempos, mudam-se as formas...!?
Lina, a Gioconda já levou tanto tratamento que merece algum repouso e descanso.
Muito muito muito BOOOOOmmmm!
Só é pena ser uma alusão ao Império MacDonald's :/
Mas é sem dúvida uma obra extraordinária!
E que cores exuberantes!!!
:)
Dalaima, o império McDonald's tem a ver com o consumo de arte como se fosse fast food. Andamos de boca cheia e barriga vazia?
Chego cá por conta de minhas andanças blogosfera a fora (ou a dentro, vá-se saber) a partir de meu próprio Bonde. Perdi-me, acho.
Mas topo com este Davi MacDonaldizado que desconhecia até o momento, e francamente não sei direito o que me parece. Não vejo na obra qualquer vestígio de genialidade, parece-me troça e mais nada. Não sei se estou sabendo "ler" esta "arte".
Davi é obra prima pra lá de consgrada da arte escultural, tem seu lugar bem assegurado como patrimônio cultural da humanidade, e sua fortuna em nada se desvalorizará intrinsecamente pelo fato de ter sido reciclada com tal irreverência. Pretendeu o autor da "arte" atual homenagear? Ou quis ele ridicularizar outro artista com quem não me parece que ele esteja à altura de presumir-se comparável em absolutamente nada.
O burlesco, tão comum no drama e na literatura, manifesta-se neste caso em mais uma arte. Só não vá o artista de nossos tempos querer a sua fácil produção agregar todo o valor artístico de um grande mestre renascentista e acabar usurpando-o, o que seria um absurdo se não da pretensão, de certeza de seu atendimento. Onde é que nós estamos?
Só se daqui a uns quatro séculos ainda estiver exposta à admiração pública esta "obra" gaiata do século XXI, tomada tão a sério a ponto de granjear comparável fama, que resista impávida à passagem de tanto tempo. Se inclusive tal acontecer (do jeito que as coisas andam) bem farei de já ter morrido há muito.
Quanto ao Davi original, só posso esperar que lá pela virada do quarto milênio ainda seja o Davi, já com sua idade atual dobrada, preservado, restaurado ou como estiver, mas se existente ainda induibitavelmente digno de seu "lugar ao sol".
Se assim for, igualmente nunca saberei. Quase tanto faz então, nem adianta apostar. Nenhum de nós virá a saber o que será feito nem do Davi original, nem de sua versão burlesca, que se pretendeu ser ridicularizadora não foi mais do que ridícula.
Mas daqui a digamos meio século pelo menos os jovens de hoje poderão com os próprios olhos que a terra ainda não tiver devorado qual dois dois ficou de pé. Lembrem-se então, por favor, que eu apostei no primeiro Davi. Posso até passar documento.
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