A notícia é discreta. Vem na edição do Público de 2 de Março: “Ministério da Educação foi condenado em mais três casos do exame de Química do 12º ano”. Pronto, ficamos assim. Afinal de contas são já 10 casos de condenação do Ministério, não deve ser nada de preocupante uma vez que da 5 de Outubro nos chega um tremendo e pesado silêncio. Um silêncio de chumbo!
Onde está Maria de Lurdes Rodrigues? O que tem andado a fazer a Ministra mais assertiva dos primeiros tempos da governação socrática e o que pensa ela sobre este assunto? Não pensa nada? Não tem autorização para pensar? Ou será que, desta feita, não lhe convém sequer pensar, nem um bocadinho que seja? E o responsável máximo por uma das maiores pedradas assestadas nos mais básicos dos princípios democráticos a que pudemos assistir nos últimos anos, ao decretar tamanha anormalidade que tanta censura tem merecido nos tribunais, quem foi? Tem nome? Responsabilidades? Não terá sido um tal Valter Lemos? Se bem me lembro, tanto ele como a senhora que o mantém no cargo (é Secretário de Estado!) garantiram que não havia nada de extraordinário no facto inacreditável de se alterarem as regras dos exames a meio da época. Era coisa normal, coisa plena de bondade e límpida como água da chuva.
Afinal, ao que parece, a coisa não é assim tão pacífica e 10 condenações em 12 casos julgados já vão fazendo alguma mossa na credibilidade do Ministério, de um modo geral, e dos responsáveis directos, de um modo específico e particular. Só mesmo num país onde a política é uma área de self-service para carreiristas sem aproveitamento se pode aceitar que não rolem cabeças num caso como este.
Valter Lemos já deveria ter tido coragem para pedir a demissão do cargo que ocupa e, uma vez que ele não tem capacidade para avaliar a enormidade do seu gesto, a Ministra teria a obrigação de lha exigir. Mas não! Após meses de tremenda gritaria ministerial contra a classe docente, enxovalhada em praça pública por tudo e, sobretudo, por nada, chega-nos dos obscuros gabinetes do Ministério da Educação um silêncio incomodado e incómodo. Um silêncio de chumbo. Até quando?
Onde está Maria de Lurdes Rodrigues? O que tem andado a fazer a Ministra mais assertiva dos primeiros tempos da governação socrática e o que pensa ela sobre este assunto? Não pensa nada? Não tem autorização para pensar? Ou será que, desta feita, não lhe convém sequer pensar, nem um bocadinho que seja? E o responsável máximo por uma das maiores pedradas assestadas nos mais básicos dos princípios democráticos a que pudemos assistir nos últimos anos, ao decretar tamanha anormalidade que tanta censura tem merecido nos tribunais, quem foi? Tem nome? Responsabilidades? Não terá sido um tal Valter Lemos? Se bem me lembro, tanto ele como a senhora que o mantém no cargo (é Secretário de Estado!) garantiram que não havia nada de extraordinário no facto inacreditável de se alterarem as regras dos exames a meio da época. Era coisa normal, coisa plena de bondade e límpida como água da chuva.
Afinal, ao que parece, a coisa não é assim tão pacífica e 10 condenações em 12 casos julgados já vão fazendo alguma mossa na credibilidade do Ministério, de um modo geral, e dos responsáveis directos, de um modo específico e particular. Só mesmo num país onde a política é uma área de self-service para carreiristas sem aproveitamento se pode aceitar que não rolem cabeças num caso como este.
Valter Lemos já deveria ter tido coragem para pedir a demissão do cargo que ocupa e, uma vez que ele não tem capacidade para avaliar a enormidade do seu gesto, a Ministra teria a obrigação de lha exigir. Mas não! Após meses de tremenda gritaria ministerial contra a classe docente, enxovalhada em praça pública por tudo e, sobretudo, por nada, chega-nos dos obscuros gabinetes do Ministério da Educação um silêncio incomodado e incómodo. Um silêncio de chumbo. Até quando?
Carta enviada ao Director do Público
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