Continuando a reflectir um pouco sobre a questão: A luta de classes existe? fico um pouco embaraçado por não ser capaz de pensar a direito, muito menos pensar com clareza. Não é vergonha que dure muito ou faça corar, antes uma espécie de embaraço.
Verdade, verdadinha, tenho alguma dificuldade em identificar o operariado ou deslindar por onde andam os camponeses de hoje em dia. A impressão que fica é que se trata de espécies em extinção no nosso país, mais ameaçadas que o bacalhau da Noruega!
Terá sido isso que fez imaginar o pessoalzinho que a luta de classes acabou? Quero dizer, a diluição das classes trabalhadoras numa mistela sem forma nem conteúdo, uma espécie de massa aspirante à felicidade que só o dinheiro pode dar? Os capitalistas (ena pá, há quanto tempo não escrevia esta palavra!) descobriram o ovo de Colombo: "Se não os podes vencer, transforma-os em ti próprio!" Nada pior para as classes trabalhadoras poderem sonhar com virem a passar-se para a classe patronal. O sonho comanda a vida, dizia a cançoneta. Então não comanda! Quem percebeu isso melhor foram as classes dominantes que facilmente manipularam os sonhos de quem pouco ou nada tem envenenando-lhes os sonhos com os seus próprios pesadelos, até transformar o inimigo em falso amigo e vice-versa. Confuso? Também acho.
Lá no fundo, bem fundinho, uma questão vai ganhando forma e conteúdo. Se eu (trabalhador) aspiro a ser patrão ou, pelo menos, ter um modo de vida semelhante ao do meu patrão, porque hei-de lutar contra aquilo que sonho vir a ser? Não faz qualquer sentido. O Capital descobriu a forma ideal de domar as massas trabalhadoras. Permitindo-lhes o acesso a pequenas maravilhas que a tecnologia transforma em produtos baratos vai mantendo a ilusão de que todos poderão garantir um lugarzinho no paraíso do capital. Assim se vão entretendo os tolos, já não com papas e bolos mas com telemóveis e écrãs planos, calças Levis e camisas de marca. Coisas facilmente comercializadas ao preço da uva mijona, para gáudio da populaça.
Domina-se o monstro transformando-o em cordeiro, mesmo que o pêlo seja sempre de fraca qualidade e o seu balido soe eternamente como uma corneta de plástico.
A luta de classes não acabou. Apenas estamos confusos ao ponto de não percebermos a que classe pertencemos. Andamos anestesiados.
Verdade, verdadinha, tenho alguma dificuldade em identificar o operariado ou deslindar por onde andam os camponeses de hoje em dia. A impressão que fica é que se trata de espécies em extinção no nosso país, mais ameaçadas que o bacalhau da Noruega!
Terá sido isso que fez imaginar o pessoalzinho que a luta de classes acabou? Quero dizer, a diluição das classes trabalhadoras numa mistela sem forma nem conteúdo, uma espécie de massa aspirante à felicidade que só o dinheiro pode dar? Os capitalistas (ena pá, há quanto tempo não escrevia esta palavra!) descobriram o ovo de Colombo: "Se não os podes vencer, transforma-os em ti próprio!" Nada pior para as classes trabalhadoras poderem sonhar com virem a passar-se para a classe patronal. O sonho comanda a vida, dizia a cançoneta. Então não comanda! Quem percebeu isso melhor foram as classes dominantes que facilmente manipularam os sonhos de quem pouco ou nada tem envenenando-lhes os sonhos com os seus próprios pesadelos, até transformar o inimigo em falso amigo e vice-versa. Confuso? Também acho.
Lá no fundo, bem fundinho, uma questão vai ganhando forma e conteúdo. Se eu (trabalhador) aspiro a ser patrão ou, pelo menos, ter um modo de vida semelhante ao do meu patrão, porque hei-de lutar contra aquilo que sonho vir a ser? Não faz qualquer sentido. O Capital descobriu a forma ideal de domar as massas trabalhadoras. Permitindo-lhes o acesso a pequenas maravilhas que a tecnologia transforma em produtos baratos vai mantendo a ilusão de que todos poderão garantir um lugarzinho no paraíso do capital. Assim se vão entretendo os tolos, já não com papas e bolos mas com telemóveis e écrãs planos, calças Levis e camisas de marca. Coisas facilmente comercializadas ao preço da uva mijona, para gáudio da populaça.
Domina-se o monstro transformando-o em cordeiro, mesmo que o pêlo seja sempre de fraca qualidade e o seu balido soe eternamente como uma corneta de plástico.
A luta de classes não acabou. Apenas estamos confusos ao ponto de não percebermos a que classe pertencemos. Andamos anestesiados.
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