Se fosse rei tinha oferecido o reino dele por um cigarro mas como não era rei limitou-se a olhar pela janela. Que suja! Mal conseguia perceber os corpos do lado de lá. Tanto podia ser um cão como um gato, um homem ou uma mulher, uma cadeira ou uma mesa, as formas não faziam todo o sentido, aproximavam-se apenas daquilo que eram. Não havia meio de esquecer aquela terrível vontade de fumar um cigarro.Se fosse rei havia de ameaçar aquele outro gajo com o cadafalso: um cigarro, palhaço, se tens amor à vida é melhor que me dês um cigarro! Não sendo rei não intimidava ninguém. Nem mesmo a si próprio.Na verdade estava apenas desesperado por um cigarrito.
Bom, vou lá fora fumar um antes que me salte a tampa.
2 comentários:
Oi, Silvares!
Sou ex-fumante e amava fumar. Pensei à longo prazo e me vi como uma chaminé, pois realmente fumava demais. Esse desespero pra fumar não lembro de ter sentido (rs*). O truque é tomar muita água.
Beijus,
Grato pela dica. Na verdade, este texto saiu sem querer. Mas fumei o tal cigarro. :) Só fumo na varanda ou à janela, daí que tenha reduzido substancialmente o meu consumo de "morte apressada". :)
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