Sexta-feira 13 é dia de azar mas não este ano. Esta sexta-feira coincide com o 13 de Maio, dia de aparição da Virgem como é sabido pela maioria da população portuguesa. Digo da maioria pois tenho cá a impressão de que esta tradição maravilhosa começa a perder o seu fulgor e o seu significado. Ok, eu sei, a Cova de Iria continua a encher-se de multidões de devotos chegados de todos os cantos do mundo em busca de paz e de espiritualidade mas a Fé vai-se esvaindo a cada geração que passa.
A contribuir para a diminuição da Fé teremos também o comportamento das altas esferas da hierarquia portuguesa da igreja católica apostólica romana no que respeita às denúncias de abusos sexuais por parte dos seus sacerdotes ao longo dos tempos, embora a atenção se foque apenas nas décadas mais recentes. Como pode alguém continuar a participar dos actos litúrgicos sem que se lhe revolva ligeiramente a tripa ao imaginar o que se poderá ter passado lá atrás, na sacristia?
Isto de misturar Fé e misticismo é um caldo fácil de obter mas difícil de tragar. Isto de misturar criancinhas e religião também não parece conduzir a resultados particularmente fiáveis. Porque não deixar as criancinhas em paz, mantendo-as longe da padralhada enquanto não tiverem capacidade suficiente para aplicar um valente tabefe nas trombas de quem se aproximar demasiado?
Concluo este post derrapante reconhecendo que não era esta a direcção que pretendia tomar quando comecei a escrevê-lo. Acho que acabei por me estampar. Afinal de contas é um 6ª 13, dia de grandes azares.
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