A guerra faz com que tudo o mais se torne quase, quase irrelevante. Na sua voracidade, a besta da guerra, engole tudo o que encontra pelo caminho e mesmo as coisas que não lhe passam à frente apressam-se a precipitar-se-lhe na profundíssima garganta. A guerra tem na pança montanhas de ossadas e de coisas esquecidas.
As questões ambientais serão das vítimas mais notáveis e menos notadas nos últimos tempos. Envolvidos em lutas encarniçadas e na habitual vertigem consumista (a inflacção ainda é apenas um fantasma em construção) parecemos esquecer-nos das juras de amor que vínhamos fazendo ao Planeta. Qual o significado e o impacto desta guerra descabelada relativamente à Natureza?
Um dia que se faça o rescaldo da coisa (se esse dia chegar) haveremos de somar esta desgraça a todas as outras que temos vindo a acumular ao longo das últimas décadas. Talvez esse dia amanheça sobre um planeta de horizontes sombrios, ruínas infinitas e ventos inóspitos.
1 comentário:
Tempos distópicos, sem dúvida. Se pensarmos bem a fundo, parece que nunca saímos deles.
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