Os dias vão passando e a guerra corre o risco de banalização. A distância atenua qualquer dor e, na maior parte dos casos, anula por completo o cagaço. Que medo atroz não corroerá o peito dos cidadãos ucranianos debaixo do fogo que cai do céu! Por estes lados vamos construindo teorias para tudo e um par de botas que possa caber nas discussões geradas pela guerra. Como é fácil, é tão fácil encher a boca de merda sem a cuspir de imediato. Nunca pensei que fosse tão fácil.
Com tanta informação, tantos jornalistas no terreno, canais de TV que prometem a "guerra ao minuto", andamos para aqui a ruminar violência com a bonomia de vacas açorianas. Agora fala-se muito em manipulação. De opiniões, de imagens, de tudo e mais um pouco. Não creio que a destruição de um país inteiro possa ser encenada. Mas há quem ache isso possível.
A cena dos crimes de guerra volta à baila. As atrocidades tendem a aumentar com o avanço dos fantasmas da guerra nas mentes e nos corações dos soldados. Ao fim de tantos dias as almas deles estão a ser substituídas por vampiros, lobisomens e outros seres irreais... irreais até ao dia em que ganham a consistência de crimes inumanos.
Continuo a pensar que a guerra é o maior de todos os crimes. Não há regras que possam ser aplicadas a dois bandos de soldados que pretendem matar-se uns aos outros. O que muitos dos vencedores fazem a seguir ao habitantes locais está a ver-se. E não é nada bonito.
2 comentários:
Nunca pude imaginar que o filho da Putine fosse tão facínora !
Andámos anos e anos a dormir na forma. Agora estamos espantados. Mas a verdade é que os sinais foram sendo dados, nós é que não quisemos vê-los.
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