domingo, março 06, 2011

Procurando a divindade

 Foto de uma pintura que estou a fazer (mais uma) a partir de Quixote



Se há personagem que eu amo (perdidamente) é esse fidalgo com os miolos queimados que dá pelo nome (magnífico nome, mais sonante que o próprio nome de deus) de Dom Quixote, o Cavaleiro da Triste Figura. Haverá designação mais romântica do que esta? E haverá maior antecipação temporal (pronto, está bem, chama-lhe "antecipação cronológica", não me faz espécie) do que a descrita por Cervantes?

Se já não existisse Cristo, seria Quixote o nosso Deus e Cervantes o seu (nosso) profeta.

Cá para mim Quixote é muito mais profundamente humano que Jesus Cristo. A forma como Quixote acredita, a sua fé no amor, é algo muito mais inspirador. Afinal de contas Cristo é uma coisa esquisita, um erro de Jeová. Quixote é o nosso erro, o erro de Ser Humano.

Este Dmingo vou rezar a Dom Quixote de La Mancha. Quero que se lixe.

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