Há personagens capazes de tudo para aparecerem na fotografia. Ora se põem em bicos de pés, ora empurram o parceiro do lado com um sorriso velhaco e palavras de ocasião na ponta da língua. Estas coisas viventes raramente se preocupam com algo que ultrapasse as fronteiras do respectivo corpo; umbigo e nariz limitam-lhes os horizontes.
Já não tenho paciência para ouvir estes palhaços maus a fazerem as suas rábulas imbecis e mesquinhas a toda a hora. Não acredito numa linha do que lhes escrevem nos discursos nem numa palavra dos seus inspirados improvisos para microfone e câmara de filmar.
São personagens historicamente irrelevantes, notas de rodapé, quando muito, se conseguirem ser palhaços mesmo muito maus. Volto a página, mudo de canal, desligo o rádio. Estou farto deles e, embora saiba que parte relevante do meu futuro a eles está ligado, quero que se vão lixar. Longe de mim e dos meus, de preferência.
4 comentários:
Pois é, mas o que sei é estamos feitos.
Sim, estamos entregues à bicharada.
agora até dizia um palavrão...
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