
As férias estão aí. Quem ainda não se apercebeu que o relógio está mais preguiçoso e que hoje é quase a mesma coisa que foi ontem e que a cidade, de repente, ficou menos cheia que uma lata de sardinhas em conserva, quem ainda se não apercebeu de tais evidências, é porque continua a trabalhar. Lamento.
Os outros, os que não só compreendem as patacoadas que escrevi no parágrafo anterior como ainda seriam capazes de lhe acrescentar umas parvoíces no género, parabéns, estão assim como eu, algures entre ontem e depois de amanhã. O dia de hoje e o que lhe está colado não têm grandes coisas a prometer. É nos dias seguintes que se escondem os acontecimentos mais marcantes das férias que, apesar de já terem começado, ainda não se parecem com grande coisa.
Viagens, aviões, automóveis, comboios, barcos, metros debaixo das entranhas da cidade. Ainda estou para perceber se as férias são descanso ou cansaço. Estou quase ansioso por percebê-lo! Um gajo está sempre à espera de uma aventura qualquer. Venha ela que já estou um pouco saturado de continuar à espera.