Prince eléctrico (foto de Ana Nave)
Ontem fui até ao festival Super Bock Super Rock. Sol e pó em doses generosas, cerveja a preço de champanhe francês e uma multidão pouco assustadora.
Como parti de Almada por volta das 3 da tarde não tive dificuldades em chegar ao recinto , coisa que constituiu missão impossível para muitos fãs à beira de um ataque de nervos. Chegar e estacionar foi mais simples do que entrar no recinto. À porta fui revistado com um cuidado extremoso por um jovem polícia que estranhou um objecto que tirei do bolso, por lhe parecer coisa suspeita. Tratava-se de um pequenho escovilhão de limpeza dentária que costumo trazer comigo. Vá lá, tive sorte e o dito objecto não foi confiscado pelo zeloso bófia e sempre pude limpar a dentuça depois de papar um hamburger mal passado.
Os concertos foram bastante interessantes. Gostei de ver os Palma's Gang, apesar das nítidas dificuldades do meu amigo Jorge Palma para acompanhar o som e o ritmo rock'n'roll da sessão, ainda por cima com o calor a apertar e os seus 60 anos de idade a pesarem no palco.
Depois fiz um intervalo para comer qualquer coisa e beber umas cervejolas. Regressei ao palco para assistir a alguns temas de uns Spoon bem entrosados e com um som límpido como um belo copo cheio de água. Seguiu-se The National com um vocalista em estado de graça e em grande estilo que levou a multidão ao rubro. A luz da noite ajuda sempre a compor os palcos e o ambiente destes festivais, com The National a coisa resultou em pleno.
Finalmente a hora mais esperada pela maioria dos presentes (e dos que se apinhavam nos acessos ao local), a entrada em palco de Prince. Ok, eu não sou nem nunca fui grande admirador deste Principezinho, como lhe chamou Jorge Palma, mas tenho de reconhecer que o espectáculo dele é excelente. Excelente o cenário, excelente a banda e excelente a capacidade de comunicação do outrora Victor, ou simplesmente O Artista, agora Prince, de novo, como sublinhou por mais de uma vez ontem à noite. Quando Prince se retirou do palco para dar lugar a uma Ana Moura electrificada, saí dali e vim embora. Nova viagem na paz do Senhor, de regresso a casa por uma estrada que, meia hora depois, voltou a ficar, outra vez, intransitável.
Afinal de contas aquele não era o meu sonho Pop e não me importei de perder uma parte substancial da função do Principezinho só para poder tomar um duche e limpar toda a porcaria que tinha acumulado no corpo ao longo do dia.
5 comentários:
Gostei do show, do texto, e de saber seus hábitos de higiene corporal! srsrs
"my name is prince,
the one and only..."
PARTY!!!
Pois, e eu fui ver os Gotan, bilhete comprado à bué que nem me apercebi da coincidência das datas, se não...
até que enfim consegui entrar no seu blog, estava dando erros. Por que será?
Enfim, o Prince voltou então? Ele andava sumido. E carregas mesmo o pequeno escovilhão? hehehe engraçacinho vc.
bjs
madoka
Eduardo, o show foi electrizante e poeirento. Trago sempre comigo um daqueles escovilhões...
:-)
MUMIA, party do 1º ao último minuto (digo eu que saí bem antes do final).
Caçador, o teu filho disse-me que ias aos Gotan Project, eheheh, encontrei-o no SBock SRock.
Madoka, realmente havia qualquer coisa que não estava a 100% com o blogue. Agora parece ter voltado à boa forma.
O Prince é um verdadeiro artista. Não mais do que isso.
:-)
O escovilhãozinho é um amigo inseparável.
:-)
Sempre viajo para Tóquio em Agosto. Uau!!!
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