O conceito de partição aplica-se quando uma potência imperial decide abandonar um território habitado por diversas etnias ou mesmo antigas nações que, antes da ocupação imperialista, se organizavam segundo culturas ou credos religiosos diferentes. Os interesses imperialistas sempre provocaram "casamentos" indesejáveis ou improváveis entre antigos inimigos ou povos que nada tinham de comum antes da chegada das potências ocupantes.
A História mostra como a África ou a Ásia foram divididas, repartidas, reorganizadas, enfim, descaracterizadas, em nome dos interesses económicos das potências imperialistas. Durante séculos a "coisa" foi resultando com maiores ou menores problemas de convivência étnica normalmente amansados pelas forças militares e policiais ocupantes.
Ao longo do século XX assistiu-se ao sistemático surgimento de novas nações, resultantes da falência dos grandes impérios. Os processos de descolonização da maioria dos novos países tiveram como resultado imediato guerras civis sangrentas, processos de limpeza étnica arrepiantes, banhos de sangue intermináveis, alguns dos quais ainda perduram.
Vem isto a propósito do 60º aniversário do Paquistão, país saído de um dos processos de partição mais irresponsáveis de que há memória resultado da divisão da Índia entre hindus e muçulmanos após a retirada da Inglaterra em 1947, potência imperial mais interessada em lamber as feridas causadas pela 2ª guerra mundial do que manter um exército tão longe de casa.
Mas, pelos vistos, as lições da História custam a entrar nas cabeças duras dos grandes gulosos que governam as grandes potências mundiais. A actual guerra civil no Iraque aponta para um novo processo de partição. Após a invasão dos "aliados" ocidentais liderados pelos EUA e pela Inglaterra a degradação das condições de vida e de segurança nas principais cidades irquianas parecem não deixar alternativa que não seja dividir o país em 3 pedaços: uma zona de influência xiita, outra sunita e, finalmente, o temido Curdistão parece uma forte possibilidade para angústia da Turquia.
Mas há um pormenor curioso na maioria destes processos de partição. Normalmente resultam na separação das populações segundo credos religiosos. Católicos e protestantes na Irlanda, hindus e muçulmanos na Índia, xiitas e sunitas no Iraque e outras divisões ditadas por influências divinas menos reconhecíveis.
Para quem, como eu, pensava que os panteões divinos estariam a perder poder e influência nas orientações de vida das populações em detrimento da toda-poderosa Deusa Economia esta questão dá que pensar. Ou será que Economia, Alá, Jeová, Buda e outras divindades maiores fazem todas parte do mesmo estrato de uma realidade possível?
A História mostra como a África ou a Ásia foram divididas, repartidas, reorganizadas, enfim, descaracterizadas, em nome dos interesses económicos das potências imperialistas. Durante séculos a "coisa" foi resultando com maiores ou menores problemas de convivência étnica normalmente amansados pelas forças militares e policiais ocupantes.
Ao longo do século XX assistiu-se ao sistemático surgimento de novas nações, resultantes da falência dos grandes impérios. Os processos de descolonização da maioria dos novos países tiveram como resultado imediato guerras civis sangrentas, processos de limpeza étnica arrepiantes, banhos de sangue intermináveis, alguns dos quais ainda perduram.
Vem isto a propósito do 60º aniversário do Paquistão, país saído de um dos processos de partição mais irresponsáveis de que há memória resultado da divisão da Índia entre hindus e muçulmanos após a retirada da Inglaterra em 1947, potência imperial mais interessada em lamber as feridas causadas pela 2ª guerra mundial do que manter um exército tão longe de casa.
Mas, pelos vistos, as lições da História custam a entrar nas cabeças duras dos grandes gulosos que governam as grandes potências mundiais. A actual guerra civil no Iraque aponta para um novo processo de partição. Após a invasão dos "aliados" ocidentais liderados pelos EUA e pela Inglaterra a degradação das condições de vida e de segurança nas principais cidades irquianas parecem não deixar alternativa que não seja dividir o país em 3 pedaços: uma zona de influência xiita, outra sunita e, finalmente, o temido Curdistão parece uma forte possibilidade para angústia da Turquia.
Mas há um pormenor curioso na maioria destes processos de partição. Normalmente resultam na separação das populações segundo credos religiosos. Católicos e protestantes na Irlanda, hindus e muçulmanos na Índia, xiitas e sunitas no Iraque e outras divisões ditadas por influências divinas menos reconhecíveis.
Para quem, como eu, pensava que os panteões divinos estariam a perder poder e influência nas orientações de vida das populações em detrimento da toda-poderosa Deusa Economia esta questão dá que pensar. Ou será que Economia, Alá, Jeová, Buda e outras divindades maiores fazem todas parte do mesmo estrato de uma realidade possível?
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