Finalmente tive oportunidade de visitar a exposição "Amadeo de Souza-Cardoso: Diálogo de Vanguardas", uma excelentíssima mostra de pintura com apontamentos de escultura (pouquinhos) e desenho (muitos).
Ao longo da visita vai crescendo a convicção da grandeza de Amadeo.
O cruzamento das abordagens estéticas que o artista português foi elaborando fruto do contacto com as diferentes sensibilidades e vanguardas que conheceu é bem conseguido e a exposição tem o condão de ser límpida como um copinho de água da chuva.
À medida que o visitante avança em direcção à sala onde estão reunidas as mais mediáticas realizações de Amadeo, vai crescendo a percepção da grandeza da sua obra e da excelência do seu génio criativo (o espaço dedicado aos originais do álbum "XX dessins" é revelador... comovente, mesmo!).
Amadeo foi e continua a ser, como exaltou Almada Negreiros, "a primeira Descoberta de Portugal na Europa do séc. XX", um pequeno milagre de um Deus invejoso que resolveu roubá-lo à humanidade quando ainda mal pudera ter descoberto quem era e o que podia fazer entre nós.
Uma exposição a não perder que tem apenas o defeito de durar muito pouco tempo (termina a 14 de Janeiro). Tal como a vida deste pintor imenso, do tamanho do mundo!
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