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As flores estavam vivas antes da menina as recolher no seu sorriso.
Um ramo de flores que repousa na água, dentro da jarra, sobre a mesa é uma imagem de tortura o que ali vês.
Prolongas a agonia das flores que apodrecem lentamente.
Se pudessem falar, aquelas flores gemeriam.
Talvez gritassem, talvez te insultassem ou, mais simplesmente, talvez rezassem à sua divindade particular, triste e colorida, frágil, num altar feito de pétalas, submissa e resignada perante a força da beleza falsa que te dança no olhar.
Se é beleza aquilo que procuras mais depressa a encontras no brilho da lâmina que no caule da flor quando a preparas para o sacrifício.
E mais te digo: se não é beleza que procuras também não sei que porra andas por cá a fazer!
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