Apesar dos conselhos dos críticos de cinema do jornal Público (que classificam Babel como filme a evitar ou, com alguma benevolência, dispensável) fui ver este filme candidato a uma mão-cheia de Oscares. Tive o cuidado de, como sempre, não ler as críticas já que, por vezes, os gajos que as escrevem têm o desplante de narrar a acção para melhor explicarem as suas razões e perspectivas e eu gosto de cinema, não vivo de dizer baboseiras nem de armar ao pingarelho a propósito da 7ª arte. Sou um sortudo.
De pé atrás, apesar de ter a crítica em fraca consideração, lá me aventurei na sala VIP 4 das Amoreiras na sessão das 14 horas. Pouquinha gente, cadeiras confortáveis, um écrã aceitável e um sonzinho agradável, lá passei pelas apresentações e pela publicidade.
Depois... bom, depois veio Babel.
No final senti que me tinham esfolado a alma e a haviam esfregado com vinagre. O filme é um monumento!
Uma vez regressado a casa dei-me ao trabalho de procurar o texto crítico de Mário Jorge Torres no Cine Cartaz do Público on-line. O tipo não percebeu nada do que viu. Por falta de sensibilidade ou por mero preconceito, isso não sei, reduz o filme à sua perspectiva abstrusa do mundo que o rodeia. Como pode este homem dizer, a respeito da personagem da adolescente japonesa, que é ninfomaníaca!? É preciso ser muito tapado para reduzir a complexidade desta personagem a algo que apenas ele foi capaz de descortinar. Estupidez pura e muito, muito dura. Todo o texto tropeça numa imbecilidade boçal e altaneira, própria de alguém que deveria tentar olhar os objectos fílmicos com olhos de ver e não com lunetas deformadoras que ele imagina serem binóculos hi-tec. Uma miséria. Como é possível?
Não li textos dos outros escrevinhadores do Público mas imagino que não queiram ficar uns atrás dos outros nas suas concepções provincianas, embrulhadas num intelectualismo diletante que os faz confundir um cagalhão numa gaiola com um canário cantor.
Enfim, por aqui me fico.
Termino aconselhando quem tiver tomates ou estômago rijo a não perder o filme. A coisa merece ser vista apesar da dureza absoluta e da densidade dramática que, a espaços, atinge a consistência de uma tigela de lama espessa.
Absolutamente extraordinário. Portanto tenham cuidado.
De pé atrás, apesar de ter a crítica em fraca consideração, lá me aventurei na sala VIP 4 das Amoreiras na sessão das 14 horas. Pouquinha gente, cadeiras confortáveis, um écrã aceitável e um sonzinho agradável, lá passei pelas apresentações e pela publicidade.
Depois... bom, depois veio Babel.
No final senti que me tinham esfolado a alma e a haviam esfregado com vinagre. O filme é um monumento!
Uma vez regressado a casa dei-me ao trabalho de procurar o texto crítico de Mário Jorge Torres no Cine Cartaz do Público on-line. O tipo não percebeu nada do que viu. Por falta de sensibilidade ou por mero preconceito, isso não sei, reduz o filme à sua perspectiva abstrusa do mundo que o rodeia. Como pode este homem dizer, a respeito da personagem da adolescente japonesa, que é ninfomaníaca!? É preciso ser muito tapado para reduzir a complexidade desta personagem a algo que apenas ele foi capaz de descortinar. Estupidez pura e muito, muito dura. Todo o texto tropeça numa imbecilidade boçal e altaneira, própria de alguém que deveria tentar olhar os objectos fílmicos com olhos de ver e não com lunetas deformadoras que ele imagina serem binóculos hi-tec. Uma miséria. Como é possível?
Não li textos dos outros escrevinhadores do Público mas imagino que não queiram ficar uns atrás dos outros nas suas concepções provincianas, embrulhadas num intelectualismo diletante que os faz confundir um cagalhão numa gaiola com um canário cantor.
Enfim, por aqui me fico.
Termino aconselhando quem tiver tomates ou estômago rijo a não perder o filme. A coisa merece ser vista apesar da dureza absoluta e da densidade dramática que, a espaços, atinge a consistência de uma tigela de lama espessa.
Absolutamente extraordinário. Portanto tenham cuidado.
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