Caramba, a coisa anda assim a dar para o confuso. Nos últimos dias muitas têm sido as vozes levantadas contra ou a favor da entrada em cena do acordo ortográfico para a língua portuguesa. Invasão, clamam uns, inevitabilidade, rematam outros. E, por estas bandas, ninguém parece capaz de chegar a uma conclusão definitiva.
Pessoalmente julgo que sou a favor. Julgo? Não tenho a certeza? Não, sinceramente não tenho. Nem sei se me interessa construir uma opinião sobre o assunto.
Uma coisa eu sei. Decretar ortografia não chega para a unificar de facto. Os erros ou desvios ou o que queiramos chamar-lhes, são de variada ordem e têm o peso que têm. Na maior parte dos casos são inofensivos, servem até para nos fazer rir ou sorrir, conforme as personagens, as situações e o grau da enormidade implicada. Mas a língua é uma coisa viva e não depende da ortografia nem um bocadinho. A ortografia e a escrita são forma e veículo da palavra que é muito mais utilizada na sua forma sonora que na gráfica. E eu gosto de escrever. E escrevo com acentos e consoantes mudas, como me ensinou a minha mãe. E, dê lá por onde der, assine-se ou não acordo, não estou na disposição de mudar a minha ortografia. Ficarei fora-de-moda ou fora-da-lei, qualquer coisa algures por aí. Perante este caso, na verdade, não estou muito preocupado (vai na volta nem sequer quero saber) o que vier estará bem. Porque, pessoalmente, não tenciono mudar nem deitar fora os livros que povoam as minhas prateleiras.
2 comentários:
INVASÂO...esta gente dos vírus são uns chatos do cara---, querem acabar de vez com os computadores da malta.
Devem querer tb borrar-nos a escrita.
Por mim continuo a escrever,e a falar, como aprendi na escola primária, e os linguistas que se gladiem uns aos outros com a sua verborreia(todos têm razão) cerebral. CHATOS!
Vou voltar a meter aquela cena das letrinhas para deixar comentário
(está a ver Ju, uma pessoa abre o jogo e logo é inundada de porcaria). Quanto ao acordo é como dizes, Zé, vão chatear o Camões!!!
:-)
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