sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Votar SIM


A campanha chega ao fim. Fico com a sensação de que, seja qual for o resultado, se tratou de uma fraca campanha. Os argumentos cruzaram-se, debateram-se, as questões foram analisadas, reviradas, manipuladas, vimos, ouvimos e lemos. Poucos terão alterado o sentido de voto que haviam decidido antes de todo o falatório da campanha, a coisa extremou-se, muitas vezes, na vertigem do confronto de ideias. Tenho a sensação de que houve muita questiúncula pessoal, muita opinião disparada com a culatra de um ódiozinho de estimação, muito tau-tau e alguma birra.
A questão em debate é tão específica, tão íntima e pessoal, que ultrapassa as fronteiras da política ao ponto de, talvez pela 1ª vez em muitos anos, o meu voto ser semelhante ao de Rui Rio ou do Major Valentim, para citar apenas os primeiros que estranho estarem do mesmo lado da barricada. Estranho mas perfeitamente plausível.
Nesta altura do "campeonato" as principais preocupações prendem-se com o nível da abstenção. Fala-se do mau tempo que se adivinha. A chuva e o vento terão uma palavra a dizer neste referendo? O mais importante será a mobilização alargada dos votantes, os adeptos do "SIM" de preferência. Todos os votos são importantes. Penso que as manchetes dos jornais deveriam ir neste sentido em vez de lamentarem à partida uma abstenção que se imagina poder vir a ser elevada, o que não deixa de ser estúpido. Quem pretende votar vota, independentemente da chuva ou do vento. O cumprimento de um dever cívico dificilmente poderá estar condicionado pelo estado do tempo.
Resta apelar ao voto mesmo que isso pareça constituir um incómodo. Descalçar a pantufinha, abrir o guarda-chuva ou tomar a bica um pouco mais tarde não é nada. Votar é tudo. E, já agora, que se vote SIM!!!

2 comentários:

fada*do*lar disse...

Chiça Penico! ;-)
Foi desta! :-D

Anónimo disse...

Foi desta mesmo...agora o descalçar a pantufinha é que foi mais dificil...

cambada de incrédulos que nunca decidem nada e só sabem espernear, que está mau, que foi mau, que não á justiça, sei lá...