E pronto. A novela referendária chegou ao fim. Ganhou o SIM, penso que todos ganhámos. O resultado não despoletou ondas de regozijo nem festejos nas ruas. Recebemos a coisa com serenidade e alívio. Afinal ainda há esperança para este país.
A economia continuará a ser uma espécie de fronteira farpada, o ensino um pântano voraz e a justiça uma estátua de pedra, mas Portugal tem nos portugueses uma reserva de esperança numa vontade difusa de mudar e ser diferente daquilo que foram os nossos trisavós.
A vitória da tolerância e da confiança na capacidade de cada um de nós poder ponderar livremente as suas opções de vida abre uma janela sobre o futuro que poderá significar uma sociedade civil mais madura e interventiva.
É claro que os mais ferrenhos adeptos do NÃO vão continuar a agitar fantasmas horrendos e sedentos de sangue aos olhos do pessoalzinho. Estão despeitados por lhes recusarem a bondade que ofereciam e a caridadezinha merdosa que continuam a imaginar ser o destino dos mais pobres. Metam a viola no saco. Essa merda acabou.
Espero que, a partir daqui, consigamos olhar a besta nos olhos agarrando-a pelos cornos até lhe torcermos o pescoço e a vergarmos de joelhos no chão. Sonho com um país capaz de assumir sem medo nem preconceitos uma perspectiva mais justa e solidária do significado e do sentido da vida da nossa comunidade. A vitória do SIM aproxima-nos mais do grau civilizacional do resto da Europa. Esperemos que a Assembleia da República tenha agora lucidez suficiente para legislar com sabedoria e prudência sobre o tema que ontem fracturou mais uma vez o território nacional num Norte tacanho e com medo do demónio, que se afasta de um Sul muito mais próximo do desassombro libertário que nos está na massa do sangue por herança cultural a desaguar vinda dos lados da Europa.
Esta treta acabou finalmente. É preciso explicar e mostrar aos mais ultramontanos de entre nós que eles não perderam nada. Ganharam algo e ganharam connosco.
Força Portugal. Por uma vez não me fizeram ter vergonha de ser quem sou (apesar do resultado na minha cidade natal ter sido o que foi).
A economia continuará a ser uma espécie de fronteira farpada, o ensino um pântano voraz e a justiça uma estátua de pedra, mas Portugal tem nos portugueses uma reserva de esperança numa vontade difusa de mudar e ser diferente daquilo que foram os nossos trisavós.
A vitória da tolerância e da confiança na capacidade de cada um de nós poder ponderar livremente as suas opções de vida abre uma janela sobre o futuro que poderá significar uma sociedade civil mais madura e interventiva.
É claro que os mais ferrenhos adeptos do NÃO vão continuar a agitar fantasmas horrendos e sedentos de sangue aos olhos do pessoalzinho. Estão despeitados por lhes recusarem a bondade que ofereciam e a caridadezinha merdosa que continuam a imaginar ser o destino dos mais pobres. Metam a viola no saco. Essa merda acabou.
Espero que, a partir daqui, consigamos olhar a besta nos olhos agarrando-a pelos cornos até lhe torcermos o pescoço e a vergarmos de joelhos no chão. Sonho com um país capaz de assumir sem medo nem preconceitos uma perspectiva mais justa e solidária do significado e do sentido da vida da nossa comunidade. A vitória do SIM aproxima-nos mais do grau civilizacional do resto da Europa. Esperemos que a Assembleia da República tenha agora lucidez suficiente para legislar com sabedoria e prudência sobre o tema que ontem fracturou mais uma vez o território nacional num Norte tacanho e com medo do demónio, que se afasta de um Sul muito mais próximo do desassombro libertário que nos está na massa do sangue por herança cultural a desaguar vinda dos lados da Europa.
Esta treta acabou finalmente. É preciso explicar e mostrar aos mais ultramontanos de entre nós que eles não perderam nada. Ganharam algo e ganharam connosco.
Força Portugal. Por uma vez não me fizeram ter vergonha de ser quem sou (apesar do resultado na minha cidade natal ter sido o que foi).
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