Quem acredita que Deus puxou Eva de dentro de um Adão adormecido na paz de um paraíso silencioso está pronto para aceitar tudo o que lhe queiram enfiar na cachimónia. Que esta história fizesse sentido numa Idade Média esquecida da sabedoria antiga até posso engolir (não custa nada). Mas que esta história continue a fazer sentido para um cidadão do século XXI já não me desce da traqueia a menos que seja à paulada e, mesmo assim, para regurgitar ao virar da esquina.
Quem nos anda a fazer a folha? Quem nos anda a impor dogmas obscuros embrulhados em papel colorido e falinhas mansas? Teremos de continuar a fazer de conta que a religião católica tem ponta por onde se lhe pegue só porque há uns quantos milhões de cidadãos dispostos a acreditar em todos os seus mitos e fantasias? Por mim passo. Não acredito neste Deus nem na Bíblia e muito menos nos ministros desta coisa tenebrosa, lobos escondidos sob pele de carneiro com um grande rabo de fora e a feder à distância.
Ficai lá com o vosso Deus, guardai bem os vossos anjinhos da guarda e deixai viver quem tem gosto em estar vivo. Não atrapalhem a felicidade do conhecimento com a vossa incapacidade para aceitar a liberdade tal como ela é. Total e absoluta. Muito mais grandiosa e omnipresente nos espíritos humanos do que esse malvado Deus de pacotilha que vos inferniza os sonhos com castigos tenbrosos a cada mijadela fora do testo.
Estou farto de escuteiros que se preocupam com velhinhas e crianças por nascer só porque gostam de praticar a caridade e têm medo de perder os objectos do seu desvelo de fim-de-semana.
Deixem-me ser quem eu quiser.
Em liberdade e órfão de Deus.
Obrigadinho e ámen!
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