Numa sociedade mediática globalizada e desvairadamente dependente da publicidade assistimos aos primeiros avanços do Big Brother (aquele tal que nos vigia do seu posto de trabalho, algures no limbo da existência).
Por um lado somos desafiados a consumir tudo e mais alguma coisa. Não há limites na forma como nos criam e acicatam necessidades artificiais. Logo a seguir inventam formas estranhas e repressivas para nos refrearem os ímpetos consumistas.
Veja-se a actual cruzada anti-tabagista ou a nova paranóia com a saúde dos indivíduos. Já mandaram o Marlboro Man para a galeria dos horrores, vão abrindo um lugarzinho destinado ao palhaço Ronald Mc Donald. Quando veremos a Nokia a ser alvo de campanhas difamatórias por promover a dependência entre legiões de jovens agarrados aos teclados dos telemóveis?
A nossa sociedade é, cada vez mais, esquizofrénica e nós com ela.
Com uma mão oferecem-nos o paraíso ao virar da esquina, com a outra seguram a moca que nos haverá de abrir um lenho no focinho caso nos atrevamos a agarrar aquilo que nos é oferecido.
Precisaremos assim tanto de quem nos proteja dos nossos próprios desejos?
Dirigimo-nos para um paradoxo democrático: aqueles que elegemos serão os novos sacerdotes de uma estranha religião, difusa e de duvidosos valores universais, eleitos por nós para nos ensinarem a evitarmos os desmandos a que o nosso corpo nos puxa. Elegemos polícias da nossa consciência?
Pobre Cavaco, palhaço pobre deste circo sem empresário visível em que se vão transformando as nossas sociedades democráticas. Se as campanhas de informação e sensibilização não funcionam (contra o tabaco ou o excesso de calorias) então venha daí a mocada que à traulitada tudo se resolve.
Não é bonito. Muito menos é eficaz. Mas, temo, é a dura realidade que se avizinha se é que não estamos já a vivê-la.
Por um lado somos desafiados a consumir tudo e mais alguma coisa. Não há limites na forma como nos criam e acicatam necessidades artificiais. Logo a seguir inventam formas estranhas e repressivas para nos refrearem os ímpetos consumistas.
Veja-se a actual cruzada anti-tabagista ou a nova paranóia com a saúde dos indivíduos. Já mandaram o Marlboro Man para a galeria dos horrores, vão abrindo um lugarzinho destinado ao palhaço Ronald Mc Donald. Quando veremos a Nokia a ser alvo de campanhas difamatórias por promover a dependência entre legiões de jovens agarrados aos teclados dos telemóveis?
A nossa sociedade é, cada vez mais, esquizofrénica e nós com ela.
Com uma mão oferecem-nos o paraíso ao virar da esquina, com a outra seguram a moca que nos haverá de abrir um lenho no focinho caso nos atrevamos a agarrar aquilo que nos é oferecido.
Precisaremos assim tanto de quem nos proteja dos nossos próprios desejos?
Dirigimo-nos para um paradoxo democrático: aqueles que elegemos serão os novos sacerdotes de uma estranha religião, difusa e de duvidosos valores universais, eleitos por nós para nos ensinarem a evitarmos os desmandos a que o nosso corpo nos puxa. Elegemos polícias da nossa consciência?
Pobre Cavaco, palhaço pobre deste circo sem empresário visível em que se vão transformando as nossas sociedades democráticas. Se as campanhas de informação e sensibilização não funcionam (contra o tabaco ou o excesso de calorias) então venha daí a mocada que à traulitada tudo se resolve.
Não é bonito. Muito menos é eficaz. Mas, temo, é a dura realidade que se avizinha se é que não estamos já a vivê-la.
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